“O cavalheiro do segundo andar.”
O prato de Sebastian nem sequer tinha um número, apenas uma letra: Z.
Era improvável que ele conseguisse ver Ava daquela janela enorme no segundo andar, mas Ava sentiu como se Sebastian tivesse lançado um olhar frio para ela ao erguer seu prato momentos atrás.
Lágrimas de injustiça encheram os olhos de Ava.
Ela deveria estar lá em cima. Era para ser a rainha dos Cavaleiros, e conquistou esse título com mérito. Mas agora, aquele homem deixava todas as doces palavras e promessas no passado, olhando para ela apenas com frieza.
[Sebastian, o número 86 sou eu,] Ava digitou no celular, mas hesitou quando o dedo pairou sobre o botão de envio.
Palavra por palavra, Ava apagou a mensagem e, no lugar, enviou: [Sebastian, estou em um leilão hoje.]
Nenhuma resposta.
Com o celular na mão, Ava ergueu os olhos para Sebastian. O homem permanecia sentado com o rosto inexpressivo, sem sequer lançar um olhar para a mesa onde o telefone piscava.
Mordendo os lábios,