Mundo ficciónIniciar sesiónA Capela do Hospital
O corredor do hospital parecia infinito. Cada passo ecoava dentro da minha cabeça como marteladas. Eu tinha as mãos frias, o coração acelerado. A ambulância com meu avô tinha acabado de chegar, os médicos o levaram direto para o setor de emergência e eu fiquei… à deriva.Foi então que vi a porta de madeira aberta, uma plaquinha discreta: Capela. Entrei sem pensar. O ar lá dentro era outro, mais pesado, mas também mais silencioso. Velas acesas tremulavam na lateral do altar. Uma imagem de Cristo de braços abertos parecia me observar.Me ajoelhei no primeiro banco, os cotovelos apoiados, as mãos escondendo o rosto. A voz saiu baixa, quase um sussurro:— Eu nunca conversei com você… nunca achei que precisaria. Sempre acreditei que fosse invencível. Mas esse é o nosso erro, não é, Jesus? A gente achar que é eterno. Primeiro perdi meus pais. O vovô me criou com a vovó. Eu achei que ele seria eterno… e hoje, por minha culpa, ele est






