04 - Helena Lira

Helena Lira

Depois do nosso passeio resolvemos ir descansar um pouco, a Laís ficou no seu quarto, resolvi ir me refrescar um pouco, estava uma tarde quente e me sentia um pouquinho pegajosa do calor, entrei no meu quarto e fechei a porta, comecei tirar toda a minha roupa e coloquei em um cesto, entrei no box e deixei correr a água fria para melhorar meu calor, do nada ouço um tossida na porta me assustando, o que me fez desequilibrar e cair de bunda no chão.

— Que merda está fazendo dentro do meu banheiro, Petter? — Olho na direção do Petter e tento esconder a minha nudez com as mãos.

Fiquei assustada vendo que ele estava ali no meu banheiro, ele virou o rosto na outra direção e me entregou a toalha que estava sobre a pia, a peguei numa velocidade que o assustei e me cobri com ela.

— Vim te chamar para passear, assim podemos conversar um pouco mais, o que acha? — Não estou me sentindo a vontade ainda sentada no chão.

— Pode me dar licença para poder terminar o meu banho? — Ele estica a mão na minha frente e me ajuda a ficar de pé.

Percebia o desejo ali no seu olhar, me aproximei um pouco mais do seu corpo, ver que ele estava me desejando e faltavam alguns poucos centímetros para sentir os seus lábios nos meus fez com que meu coração começasse a bater, mas rápido que asas de um beija-flor.

Antes que me aproximasse dos seus lábios, o vejo sair devagar do banheiro sem falar nada, volto a tomar meu banho. Um sentimento familiar começou a tomar a minha cabeça, me recordando quando o Tanaka apenas me disse que não poderíamos mais ficar juntos.

Olhar a reação do Petter em apenas sair do banheiro sem falar nada me trouxe as lembranças da noite do meu fatídico aniversário. Termino o meu banho e noto que a minha roupa estava na minha cama, passo a toalha pelo meu corpo e enrolo outra em meus cabelos, quando abro a porta me surpreendo em vê-lo ainda ali.

Caminho até a minha mala, tentando não olhar para o homem sentado na ponta da cama, me abaixo na frente da mala que estava ao lado da cama e pego o vestidinho rosa bebê com elástico no meu busto, assim consigo ficar sem sutiã, escolho uma lingerie e volto para o banheiro, quase correndo.

Sinto meus pensamentos caóticos tentando entender o que estava acontecendo com o homem lá fora. Olho para o espelho e vejo uma garota insegura e cheia de dúvidas e medos em sua cabeça, respiro fundo e decido encarar o que estava me esperando do lado de fora.

Começo a me arrumar lá dentro, penteio o meu cabelo e faço um coque com ele, volto para o quarto e observo que Petter já estava deitado na minha cama, com a camisa aberta até a metade e sem sapatos, estava a com o aspecto de despreocupado, com os braços atrás da cabeça, crio coragem e subo na cama do lado oposto onde ele estava, fico de frente para ele sentada sobre minhas pernas.

— Você é linda sabia? — Ele diz assim que fico de frente para ele.

— Petter, não quero sair, estou cansada e queria realmente só descansar, se quiser podemos ficar aqui assistir a um filme. — Digo cansada.

— Tudo bem, acho melhor ficarmos aqui então. — Ele diz com um sorriso no rosto.

— O que quer conversar comigo? — Sinto a sua mão na minha cintura, o vejo mordendo o lábio inferior.

Sou surpreendida quando ele me puxa em sua direção e me deita na cama ao seu lado, com um movimento rápido ele entra em meio as minhas pernas, seus olhos de azul ficaram escuros com o tesão que surgiu entre nos dois.

Passo as mãos por seus ombros largos e conseguia sentir a tensão na musculatura que tinha ali, percebo que gosto daquilo e deixo que um sorriso surja em meu rosto, empurro um pouco o tecido e toco em sua pele quente.

— Por isso te chamei para ir passear, não conseguirei resistir, se ficarmos aqui com você vestida assim… — Seus olhos estavam cravados nos meus lábios e os meus no dele.

— Então não resista… — Sussurro e fecho meus olhos, me entregando a seus toques.

Seus beijos começam a me relaxar, nossas respirações revelavam o desejo latente que havia entre nos dois, sua mão puxou o tecido do meu vestido para baixo revelando meus seios, meus mamilos estavam rígidos com o tesão, segurei em seu cabelo tentando controlar o calor que sentia entre as pernas, começo a gemer entre as chupadas que ele dava entre um mamilo e outro, sua mão grande estava na minha cintura começou puxar o tecido que estava amarrotado nas minhas coxas para cima, procurando uma abertura para achar a minha calcinha, o desejo que ele me deixasse nua e me desse prazer quase me tirou o juízo, precisava contar…

Meu corpo ficou tenso quando o seu dedo alcançou a pele sensível que desejava e estava implorando por algum contato para amenizar o desconforto que estava sentindo.

— Petter. — Minha voz saiu embargada de prazer, ele riu e me olhou nos olhos — Preciso contar a você que sou… eu… sabe… — As palavras me fugiam e estava completamente constrangida tentando falar para ele que nunca estive com um homem.

— Que é virgem? — Concordo com a cabeça, e o sorriso de satisfação dele é maior ainda. — Então princesa vamos parar aqui, pode não ser o seu mundo, mas ele é o meu e quero fazer as coisas direito. — Ele começa arrumar minha roupa e me beija com ternura.

Ele se deita ao meu lado e tento recuperar o fôlego enquanto ele volta a cobrir meus seios com meu vestido, aproveito e vou para o seu ombro e como continuo sentindo um fogo que não entendo, jogo a minha perna por cima da dele e sinto a sua ereção, ele sorri e mantêm a minha coxa ali, em cima da ereção que parecia procurar alívio de alguma forma.

Nos olhos estavam conectados, procurando explicações para tudo o que acabei de sentir com ele, via Petter sempre com o Henrique e tudo o que ele deixou claro aqui nessa cama, não é apenas algo de momento.

— Por muito tempo te via apenas como uma menininha, fui treinado para ser obediente ao seu irmão, então fiz o meu melhor para tentar ficar longe… — Ele me fala e percebo a sua sinceridade.

Ouço enquanto ele me conta como foram os anos de treinamento dele com o Henrique e como ele veio parar com a Laís, fico rindo na maioria das coisas que ele diz.

— Mas quando você e o Henrique brigaram ficou mais complicado de te ver, quando você fez seus 15 anos e seus pais deram a festa e nós fomos… — Franzo a testa, porque o Henrique não foi a minha festa.

— Quero dizer ficamos escondidos, te achei tão linda e a desejei para mim, mas você era só uma menina e estava namorando o Tanaka, senti tanto ciúmes quando vi ele te entregando aquele anel de compromisso na frente de todos. — Ele respira fundo e se vira na minha direção.

— Não podia estar tendo esse tipo de pensamento, então pedi ao seu irmão que não me mantivesse mais perto de você, mas tudo saiu errado quando fui solicitado para ficar com a Laís. — Seguro em seu rosto e puxo para um beijo.

— Petter porque não se declarou antes, digo, depois do que aconteceu. — Penso na possibilidade.

— Porque você estava machucada, Helena, e sendo sincero, não queria ser estepe, quero que me ame, a mim. — percebo o quanto acabei de ser egoísta.

Conversamos por um bom tempo e trocamos vários beijos até que somos interrompidos pelo telefone dele, pelo visto algo deve ter acontecido.

— Princesa pode ir lá acordar a senhorita Laís, tenho um assunto para tratar com ela. — Nos levantamos e tento me arrumar o melhor possível.

Mas ele não me dá tempo de sair do quarto, sinto suas mãos em meu corpo e me imprensa na porta do quarto, com um impulso ele me ergue do chão, trocamos um beijo quente e cheio de desejo, a vontade de tirar a roupa renasce.

— Petter o desejo está grande, quero me entregar a você… — Seu sorriso é lindo, ele continua a beijar o meu pescoço e sussurra no meu ouvido.

— Logo a farei minha, que Deus me ajude e seu irmão não me mate… — Ele ri em meu pescoço.

Finjo que não entendi o que me diz, ele deixa que meus pés toquem ao chão e debaixo de seu olhar atento arrumo a minha roupa e antes que saia do quarto ele me rouba outro beijo, o que foi o suficiente para me trazer felicidade. Caminho para o quarto da minha amiga, conversamos um pouco sobre o que acabou de conhecer.

Enquanto a Laís entra no banheiro para lavar o rosto, sou surpreendida com o Henrique entrando no quarto, deixo que a minha raiva dele seja perceptível, mas quando ia trocar algumas acusações o Petter me leva de volta para a minha suíte.

Olhar para aquele homem que até ainda pouco estava me enchendo de beijos e dizendo querer me fazer a sua mulher me deixa confusa, havia um pedido de desculpas em seus olhos, enquanto me puxava para dentro do quarto.

— Arruma as suas coisas, estamos saindo agora! — Olho para ele sem entender.

O vejo andando pelo quarto e pegando todos os meus pertences e colocando tudo na minha mochila, ele não falava nada, apenas colocava as coisas na mala e deixava separada a minha caixinha de joias.

— O que está acontecendo? — Pergunto ficando cada vez mais aflita.

Ele tenta não demonstrar, mas vejo que ele não parecia mais a vontade com algo que estava fazendo, continuava parada na entrada do meu quarto olhando para tudo que ele começou a arrumar. Petter se aproxima e segura meu rosto com as duas mãos e meus olhos começam a criar lágrimas, sinto medo do que está acontecendo.

— Eu, apenas obedeço ordens do seu irmão Helena, sinto muito por isso mesmo, então por favor apenas o obedeça e depois conversem! — Respiro fundo e decido pôr o tolo dos meus sentimentos em uma caixa.

Uma raiva enorme sobe pelo meu peito, tenho vontade de matar os dois nesse momento, tenho a sensação que uma coisa grande está para acontecer, esses dois e principalmente o Petter pode ter certeza que não terão de uma pessoa nada dócil.

Aprendi com toda a família Alcântara e Spanos que temos que fazer eles acreditarem que sou uma pessoa dócil, assim como a Laís também fui treinada para diversas situações. Saímos do quarto e olho para a porta da suíte da minha amiga havia homens do lado de fora, sinto o Petter colocando a mão na base das minhas costas, ele me leva para a entrada do hotel.

Havia um carro nos aguardando, entro no carro e me sento em um dos lugares, quando ia dar um tapa na cara do Petter, a dor de uma agulhada atinge meu braço e tudo começa a ficar escuro.

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