"O pai resolveu aparecer! E agora?".
Engoli em seco antes de me dispor a ler alguns trechos destacados.
Na doação anônima, presume-se que o doador não irá querer participar da vida do futuro filho, deixando aos cuidadores que adquiriram seu produto a inteira responsabilidade sobre a criança. Porém - em alguns casos raros - os anos passam e a cabeça muda. O doador pode demonstrar interesse em fazer contato com a criança, mas é possível que o mesmo tenha o direito de reassumir seu lugar? Legalmente falando a situação é complicada, mas colocando as emoções em pauta quem pode dar a resposta é o próprio filho em questão. O filho deve deixar claro se aceita ou não a presença do pai em sua vida, discutindo, principalmente, com sua família de criação. Se a criança não possuir idade suficiente para tomar tais decisões, cabe à própria família avaliar se será uma medida benéfica ou que causará danos ao desenvolvimento do cidadão.
Parei a leitura quando o médico entrou para finalmente retirar o g