Cristopher Ávila é o filho mais velho de Daniel Ávila e ainda muito jovem sofreu a sua primeira decepção amorosa. Isso o fez tomar a decisão de ir estudar fora do país e mesmo após se formar, Cris decidiu morar de vez nos EUA. Contudo, ele não contava em conhecer a Jennifer Reinhold, uma jovem estudante de medicina a quele ele deverá monitorar durante o seu curso. Jenny apesar de muito jovem tem um passado difícil e ela usa o seu curso e as várias horas de trabalho apenas para ocupar a sua mente. Entretanto a moça é um tanto destrambelhada e costuma tropeçar em tudo que ver pela frente. Ele é determinado, inteligente e lindo. Ela é insegura, imatura e divertida. Ele precisa curar o seu coração e ela só precisa de um pouco de carinho e autoestima. Um romance dramático, porém, divertido que promete te envolver em cada página.
Ler maisConhecendo o meu chefe.
Jenny
— E não se esqueça, Jenny, você é uma garota linda, é muito gostosa e maravilhosa. Ah, e tem que arrumar um homem para você. O hospital Mont Sinai é o melhor lugar para fazer isso. — Amber resmunga um tanto animada enquanto arruma o laço da minha blusa cor de rosa.
— Amber, pelo amor de Deus, é meu primeiro dia no hospital e eu estou atrasada! E você está me dando conselhos amorosos? Isso não cai bem! — rosno exasperada, mas ela acha graça.
— Não se preocupe, vai dar tudo certo, amiga! — Ela fala tranquila, porém, suspiro e me viro para sair do quarto. Na sequência bato bruscamente na quina da minha cama.
— Ai, droga! — rosno com um gemido dolorido. — Eu não tenho tanta certeza disso — retruco malcriada. — Foi por causa desse meu jeito atravessado que fui expulsa do projeto do outro hospital, se lembra? — reclamo alisando o local da pancada que deixou minha pele avermelhada e saio do quarto em seguida.
— Bom, eu vou ficar bem aqui torcendo por você. — Minha amiga fala, fazendo figuinha com os dedos. Contudo, resolvo não a contestar.
— Eu te amo! — Solto um beijo no ar para ela e saio do nosso apartamento apressada.
Amber Parker é uma boa amiga. Na verdade, ela é maravilhosa. Nos conhecemos há cerca de três anos aqui mesmo na faculdade, embora pareça que nos conhecemos desde sempre. Ela estuda medicina fetal e eu faço pediatria obstetrícia. Já no primeiro dia de aula essa garota se aproximou de mim e do nada começou a falar pelos cotovelos, e desde então, não nos largamos mais. Hoje dividimos um apartamento pequeno, porém, aconchegante, mas devo dizer que amo o nosso espaço. Vamos voltar para a Amber. Ela é uma garota exuberante, é bem sexy e muito linda também. Perto dela me sinto como o Patinho Feio da história infantil. Sem falar que ela é tão alta que me faz sentir uma anã perto dela.
— Bom dia, coisa linda!
— Bom dia, Senhor Marck! — digo para o porteiro e vou direito para a garagem do meu prédio.
Oh, só pra você saber, eu tenho algumas manias e uma delas é colocar nomes nas coisas. Então não se assuste se ouvir chamar o meu Mustang, um carro da década de 60 pelo seu nome de batismo. Na verdade, ele pertenceu ao meu avô e passou para o meu pai, e agora é todinho meu. Penso satisfeita, abrindo a porta do motorista para me acomodar no banco do motorista. No ato, largo a minha bolsa no banco do carona e levo a chave na ignição. Respiro fundo e me preparo para ouvir o ronco do seu motor, mas ele se engasga logo na primeira tentativa.
Relaxe, isso é normal.
Todos os dias o Kinder-Ovo, como costumo chamá-lo carinhosamente tem sempre uma surpresa para mim. Portanto, apenas bufo e tento outra vez.
E voilá!
— Droga, você está com quase dez minutos de atraso, Jenny e esse trânsito não está ajudando muito! — ralho para ninguém em especial e fito a imensa fila de carros parados na minha frente. No entanto, resolvo repassar a minha lista de recomendações repetidas vezes dentro da minha cabeça.
Por favor, não tropece, não fale asneiras, mantenha o foco e não durma durante o trabalho. Jen, pelo amor de Deus não durma no trabalho!
— Ok, estou surtando! — ralho soltando uma respiração alta e para não sufocar nos meus anseios, abro a janela do carro e permito o vento passar. — Que droga, eu sabia que não devia ter saído na noite passada para comemorar com a Amber. Agora estou aqui ponderando dormir em algum momento do meu serviço e isso quer dizer que posso ser expulsa de mais um projeto hospitalar em tempo recorde. Um dia de trabalho. Um dia... — rosno, porém, sou despertada pelo som estridente das buzinas atrás de mim, só então percebo que o sinal vermelho já está verde e que a fila de carros na minha frente já sumiu de vista.
Puxo outra respiração e meto o pé no acelerador.
Entretanto, antes que eu consiga sair do lugar um motorista atrevido passa por mim, xingando toda a sorte de palavrões. Nervosa, apenas bufo alto e corro para o Mont Sinai, o hospital-escola onde faço algumas aulas práticas do meu curso.
💗
— Meia hora de atraso! Meia hora de atraso! — repito, enquanto ando com passos largos para dentro do hall. — Isso é tão absurdo, Jenny Reinhold! Logo no seu primeiro dia? — ralho em um misto de nervosa e ansiosa, e paro bruscamente no meio do imenso salão movimentado sem saber exatamente para onde ir.
— Está procurando a sala dos novatos? — Alguém inquire do meu lado.
— Ah, sim.
— Fica atrás das portas largas de vidros, mas se eu fosse você corria, pois eles já começaram.
— Ah, ok! Obrigada! — Apresso os meus passos outra vez, passado pelas portas e encontro alguns residentes devidamente fardados e recebendo algumas instruções para o dia. — Com licença! — peço baixo, mas um tanto exasperada, tentando me encaixar entre eles e finalmente consigo respirar aliviada.
—Jennifer Reinhold? — Escuto o instrutor chamar o meu nome e ergo a mão para ele. — Você trabalhará com o doutor Christopher Ávila. — Ele informa chamando o próximo aluno e eu assinto, arrastando os olhos entre as pessoas a procura tal Ávila. Assim que a chamada é encerrada, todos se espalham por todos os lados, porém, continuo parada no meu lugar como uma patativa sem saber realmente o que fazer e nem para onde ir.
— O que está fazendo aqui ainda, Reinhold?
— Ah, é que... eu não... — gaguejo olhando para todas as direções e depois para ele. — Desculpa, você é?
— Sou o doutor John Thompson e você ainda não me disse por que ainda está aqui?
— Claro, é que eu... enfim. É a primeira vez que eu estou aqui e eu... ah, eu... eu não sei para onde ir e... e... não faço ideia de quem é o doutor Ávila... — Paro de falar bruscamente quando vejo alguém andar com passos firmes na nossa direção e o meu cérebro praticamente grita:
O quê que é isso?
Sério, mesmo com passos tão firmes o homem parece não pisar no chão. Puxo a respiração, porém, não consigo soltá-la, pois ela ficou retida dentro dos meus pulmões.
Céus, ele é tão... imponente e tão seguro de si, e ele é... lindo, muito lindo!
Céus outra vez. Como posso descrevê-lo? Vejamos.
Lindo, muito lindo, mas acho que já falei isso. Ah e ele é... alto, é moreno e... forte, muito forte. Não, ele é másculo, isso ele é másculo. Deu para perceber isso mesmo usando um jaleco branco. O médico tem o corpo malhado, gente e ele é... delicioso! Avidamente os meus olhos correm para os seus cabelos.
Ai, ai!
Que vontade de tocar nesses fios escuros e lisos, caídos em sua testa apenas para arrumá-los no seu devido lugar. Suspiro. Eles devem ser macios e sedosos. Ai, minha virgem santinha! Rogo quando o homem ergue a sua cabeça e me deparo com lindos olhos puxados e escuros. No fim, ele abre um sorriso do tipo que ensopa as calcinhas alheias. É, eu sei por que a minha acabou de ficar assim, totalmente estragada. Contudo, retribuo o seu gesto abrindo um sorriso largo para ele, mas acabo descobrindo que esse sorriso não foi direcionado a mim exatamente.
— Bom dia, John! — O médico diz, soltando um som voz grave e levemente rouco na voz, apertando a mão do seu amigo.
— Bom dia, Chris!
Cris?
— Estou procurando pela minha residente, ela não apareceu no setor e eu tenho um atendimento de emergência agora. — Ele diz e o doutor John aponta para mim com certo descaso, interrompendo o seu amigo.
Oh, esse é o tal Ávila? Oh céus, estou lascada!
Penso quando descubro de uma forma desconcertante que o tal gostosão em pé na minha frente será o meu instrutor. Ou seja, ele é o meu chefe. Em resposta, o doutor Ávila fica sério e me encara duramente. Então percebo que ainda estou sorrindo para ele feito uma louca alucinada, praticamente babando no gostosão... digo, no meu instrutor e rapidamente me forço a engolir o meu sorriso.
— Senhorita Jennifer Reinhold? — Faço sim para ele. — Ótimo, eu sou o doutor Christopher Ávila.
— É... um prazer, doutor! — Lhe estendo a minha mão. — Eu me chamo Jennifer Reinhold e serei a sua... residente.
Que droga, Jenny você está repetindo o que ele acabou de falar, sua estúpida!
Rosno mentalmente e para a minha frustração não ganho um aperto de mãos, porque ele simplesmente ignorou a minha mão estendida e olhou para o relógio no seu pulso.
— Você está com quarenta e cinco minutos de atraso, senhorita Reinhold — Ele cobra, mas não de um jeito rude ou algo assim. De alguma forma isso me deixa confortável.
— Me desculpe, é que o trânsito estava horrível! — falo tentando alcançar os seus passos largos.
— Tente sair mais cedo de casa, Senhorita Reinhold, estamos aqui para salvar vidas e o tempo não para nesse lugar.
— Claro, doutor Ávila! — O médico aperta o botão do elevador e logo estamos dentro dele.
— Venha, temos muito trabalho pela frente. — Ele diz assim que as portas se abrem e um corredor largo, e movimentado se projeta na minha frente. Respiro fundo e repito a mesma ladainha mental de sempre.
Não tropece, Jenny, não tropece, por favor!
Cris É 21 de março e o dia está perfeito lá fora. Nicole está na casa dos meus pais e hoje é aniversário da minha Tempestade. Ela está dormindo serenamente, perdida entre os lençóis brancos. A sua barriga imensa está disposta e sua mão descansa sobre o ventre. Em breve teremos mais um bebê em casa. Fico aqui quieto e parado, apenas a admirando por longos minutos. É algo que não me canso de fazer nesses quatro anos de casamento. Sorrio quando vejo o quarto repleto de flores, balas de chocolates, Noka as suas preferidas, sem falar no exagero de presentes que com certeza ela já espera por isso. É algo que eu simplesmente não consigo evitar e repito todos os anos. A diferença, é que hoje estamos apenas nós dois aqui e será um dia só nosso. Solto um suspiro baixo e caminho lentamente até a cama, e com calma, sem agitá-la aproximo-me da minha esposa dorminhoca e a beijo calmamente. Ela geme manhosa e se espreguiça igual uma gatinha. Por fim, abre uma brecha de olho e sorrio. — Bom dia!
Cris— Pai outra vez, isso é digno de um brinde! — Não seguro um sorriso satisfeito. Portanto, ergo o meu copo no mesmo instante que o meu pai ergue o seu e os copos tilintam em seguida. — E não se esqueça que você será avô outra vez! — resmungo após beber um gole da bebida. Do outro lado do jardim da casa dos meus pais fito o meu avô Dam curtindo os seus bisnetos e contando-lhes histórias que prendem a atenção da garotada. Confesso que eu amava ouvir as suas histórias, era o que me fazia viver enquanto o meu pai morria aos poucos.— E a Alice? — Procuro saber. Ele suspira alto.— Está no quarto de castigo. — Reviro os olhos.— Qual é pai, a Alice já tem vinte anos, ela não é mais uma criança! — reclamo.— Ela ainda é a minha criança, Cris! — rosna. — Não admito que a minha bebê namore um cara de quase quarenta anos! — retruca irritado. Rolo os olhos outra vez.Daniel Ávila é um grande homem, mas esse preconceito dele me irrita.— Lucca Fassini só tem 37, pai e ele é um homem admi
Dois anos depois...Olho para o céu azul, sem nenhuma nuvem aparente. Alguns pássaros cantam nas árvores, outros estão voando. Sorrio. O lugar é calmo... Transmite muita paz. Eu olho ao meu redor... Estou sozinha... Onde está o Cris e por que não vejo Nicole em lugar nenhum?Ando pelos campos de flores campestres... Há muitas delas por aqui...Onde estou realmente? Não sei o porquê, mas não sinto medo. Não me sinto só, me sinto segura e amada. Continuo andando e andando, não sei por quanto tempo... Mas me parece que não estou chegando a lugar algum. Logo a minha frente há uma árvore frondosa, de uma copa verdejante.Respiro fundo, mas não é o cheiro das flores campestres que invade as minhas narinas, é um cheiro familiar, um perfume conhecido. Contudo, me sento debaixo da árvore e me encostando no tronco grosso e olho os caminhos das flores por onde eu passei. O fim de tarde está chegando, mas a impressão que eu tenho é que a luz e sombra l está tão radiante quanto o sol do meio-dia.
Jenny— As malas já estão todas no carro. — O Cris avisa quando seguro a Nicole no meu colo e vou na direção da garagem. Ele a pega nos seus braços e a coloca na sua cadeirinha no banco de trás do carro. Assim que me acomodo no banco do carona, ligo o DVD para deixar a Nick mais à vontade durante o trajeto até o aeroporto. — Pronta para um novo recomeço? — Meu marido indaga, se sentando no banco no motorista.— Ansiosa, na verdade. — Ele liga o motor e logo pegamos o asfalto.Finalmente chegou o dia de irmos morar no Brasil. Nesse meio tempo conseguimos vender nossos apartamentos, carros e moto, e com o dinheiro conseguimos comprar uma casa ampla, arejada e bem iluminada em um bairro nobre, e tranquilo no Rio de Janeiro. O hospital já está pronto desde a metade desse ano, mas não podíamos ir até a Amber, o Adam e eu concluirmos o curso.Estou exausta. Depois de um dia corrido seguido de uma extensa formatura e depois de horas de comemoração, estamos finalmente indo para o aeroporto. O
JennyThe Pussycat Dolls de Snoopy Dogs se espalha pelo ambiente a meia luz e eu surjo dentro do quarto está iluminado apenas pela luz amarelada do abajur, vestindo um conjunto de minissaia preta, fina e rendada, com uma calcinha minúscula, um sutiã meia taça da mesma cor que ressalta os meus seios, além de um salto alto. E Cris está. bem, ele está sentado no centro da nossa cama e algemado a barra de aço da cabeceira.Sim, por essa travessura ele não esperava.Que graça teria repetir uma dança, sem um atrativo novo? Seus olhos gulosos passeiam pelo meu corpo enquanto rebolo sensualmente pra ele, seguindo o ritmo da música agitada. Deixo as minhas mãos deslizarem por meu corpo, enquanto vou me agachando, lentamente, até quicar três vezes, a dez centímetros do chão. Volto a subir, rebolando e fazendo ondinhas, deixando as minhas mãos deslizarem sem pressa, por minhas pernas, parando propositalmente na minha bunda, me viro de costas pra ele e mexo a bunda provocativa.— Cacete! — Ele ro
CrisDo lado de fora encontro o Adam encostado em a parede do corredor e de braços cruzados. Ele os descruza assim que me vir e me estende uma mão, abrindo um largo sorriso.— Parabéns, papai!Sorrio e então me dou conta de que oficialmente eu sou pai. Sou pai de uma menina forte, valente e determinada.— Caramba, eu sou pai! — digo o óbvio.— Você é. — O sorriso de Adam se alarga.— Eu sou pai, porra! — falo mais alto e recebo o seu abraço forte. — Valeu, cara!Minutos depois Alex sai do quarto e me encara séria, me fazendo prender a respiração, mas logo ela sorrir me puxando para os seus braços.— Você fez um excelente trabalho lá dentro, meu amigo! — ralha.É claro que eu fiz!— Como elas estão?— Dormindo. Nicole mamou e logo adormeceu. Amber pôs uma roupinha quentinha nela. Não se preocupe, a sua filha está bem agasalhada.— Eu perdi a primeira mamada da minha filha e a culpa foi sua. — A acuso baixo, porém, com um tom sério. A Doutora arqueia as sobrancelhas bem-feitas e rir ain
Último capítulo