CAPÍTULO 68
Anelise foi a primeira a chegar, Theodoro estava de joelhos, apoiado no sofá e com uma das mãos apertando o braço do mesmo, como se o quisesse esmagar; seu semblante estava enfurecido e seus olhos ainda fechados.
— Théo, olha pra mim! Eu estou aqui, só precisa acordar! — Anelise o chamou devagar e com cuidado, ele ainda não havia acordado, e ela precisou chacoalhar. — Théo!
Ele abriu os olhos aos poucos, demorou alguns segundos para soltar o sofá, dava para notar a sua respiração acelerada, todos perceberam algo errado, porém ninguém perguntou nada.
— Me desculpem! Eu pensei que isso havia acabado, mas pelo visto me enganei! — ele disse e se sentou no sofá. — Tenho isso, mesmo antes de ter recobrado a memória, acho que foi por causa da guerra... ouço barulhos de explosões e acordo nesse estado, é como se o meu corpo se auto-defendesse, é estranho.
— Calma! Vou buscar uma água com açúcar pra você, meu filho! — dona Maria falou e se retirou.
— I