Capítulo 28

Enquanto eu caminhava pelo calçadão da praia, eu olhava o mar e via vários surfistas… e era inevitável não lembrar do meu Cadu, ele estaria ali surfando agora se não estivesse naquela situação, e tudo por causa daquilo mesmo, de uma onda mal pegada, de uma força que puxou ele pra baixo e pra longe… se não fosse isso, o meu Cadu estava aqui… e de repente a cena dele caindo me veio a mente e um desespero horrível tomou conta de mim... eu nunca mais quero nem ouvir falar de surf… atravessei correndo a rua pra não ter que olhar mais aqueles caras, e acabei batendo de frente com alguém subindo a calçada.– Nênaly? Oi… disse alguém, era Fernando.– Fernando… eu disse.– Nossa, quando tempo… disse ele.– É… eu disse.– E aí, tudo bem? Soube do que aconteceu com o Ricardo, mais como eu não estava no país não sei se ele já está melhor, sabe dele? Ainda estão juntos? Perguntou ele.– Bom…

Capítulo 29

Minutos depois cheguei ao hospital e fui para a sala ver o Cadu, entrei devagar e sua mãe estava com ele.– Oi… bom dia dona Laura… eu disse.– Oi querida, bom dia… disse ela sorrindo.– Como o Cadu está? Perguntei.– Está bem, hoje ele parece muito mais forte, venha ver… disse ela me dando espaço.Me aproximei dele e ele estava tão sereno como sempre, estava com a expressão bem tranquila como se dormisse sem nenhuma preocupação.– Está sim, ele está ótimo… eu disse pegando em sua mão e dando um beijo.– Você também está linda querida! Disse ela.– É… eu tive uma noite de sono boa e pude colocar meus pensamentos em ordem e decidir as coisas dona Laura… eu disse.– Vejo no seu rosto que você aceitou ir para Nova York… disse ela.– É… eu decidi ir… mais o meu coração vai ficar aqui, com o meu anjo.– E

Capítulo 30

Noite de domingo – Nova York – Nênaly.Nossa, eu estou morta! Que viagem cansativa, eu não via a hora de me levantar e andar, fiquei praticamente um dia inteiro sentada dentro de um avião, mas finalmente ele chegou onde tinha que chegar, Nova York.Estava tão frio, o ar era gelado e chegava sair fumaça da boca das pessoas quando elas falavam.Era tão diferente do Rio, aquele calor enorme, o céu cheio de estrelas e a lua brilhando, aqui o céu era cinza escuro e não dava pra ver nada.Mas, esse era o lugar onde eu iria morar, por quanto tempo eu não sei, mas eu tinha que me acostumar.Peguei minhas malas e pedi um táxi, passei o endereço e ele me levou até o prédio.No caminho muitas pessoas pelas ruas, passeando, muitos casais, e isso me fez lembrar do Cadu, me contive para não chorar novamente.Enfim cheguei, era

Capítulo 31

3 anos depois… Rio de Janeiro – Henrique– E que horas posso passar pra te buscar? Perguntei a Nena.– Pode ser às 20h, já vou ter chegado em casa… disse ela.– Ok então, até mais tarde… eu disse.– Até… disse ela e eu desliguei.Respirei fundo e sorri satisfeito, me levantei da minha cadeira e fui até a janela da minha sala.Finalmente minha vingança está quase completa! Tenho tudo que um dia foi e seria do meu irmão Ricardo, tudo, tudo mesmo, só falta a garota dele. Depois de 3 anos tentando conquistá-la, finalmente acho qu

Capítulo 32

Alana– Alana, vamos ao mercado da cidade, preciso comprar algumas coisas.– Claro vovô, aproveito e já fico por lá para não chegar atrasada no trabalho… eu disse.Moro com o meu avô em uma cidade bem pequena no Canadá, desde que meus pais e minha avó se foram, eu cuido do meu avô, o que me impede de seguir a minha vida como eu realmente queria, mas não tenho coragem de deixar o meu avô e ir embora, ele foi quem cuidou de mim depois que meus pais se foram, então agora eu é que preciso cuidar dele.Meus pais e eu morávamos no Brasil, e meus avós aqui no Canadá, mas com a morte deles eu precisei vir ficar com meu avô.A cidadezinha é até bonita, cheia de lugares bonitos e coisas, mas meu sonho é ir morar novamente no Brasil, sinto falta do sol, do calor, aqui é só neve e frio… mas, por enquanto, isso só vai ficar mesmo na minha imaginação.

Capítulo 33

Canadá - AlanaDepois que chegamos em casa eu ajudei ao vovô a levar o homem pra dentro, nós o deitamos no sofá e o cobrimos com vários cobertores e depois acendemos a lareira pra ele se aquecer mais rápido, como não tínhamos aquecedor, só assim pra ficarmos aquecidos nos dias mais frios.Vovô e eu não somos ricos, bom, na verdade nossa família nunca foi rica, mas sempre tínhamos o suficiente pra viver, aqui nós vivemos com o meu salário e com a aposentadoria do vovô, e vivemos bem, não temos do que reclamar, meu avô foi militar então recebe bem.– Ele está se mexendo… disse meu avô atento ao homem.– Está sim, está reagindo… eu disse.– Vou buscar o chá na cozinha… disse ele indo até a cozinha.– Aí… aí… resmungava o homem enquanto tremia e batia o queixo, com certeza ainda estava morrendo de frio.O fique

Capítulo 34

NênalyAssim que cheguei em casa fui direto para o meu quarto tomar um banho e me deitar, eu estava cansada, a semana não foi nada fácil, muitas coisas pra resolver e pra terminar essa angustia dentro de mim, essa tristeza, essa vontade imensa de chorar e chorar… Hoje mais do que nunca o Cadu não saiu da minha mente, eu não parei de pensar nele… já se passaram anos que ele se foi mas a lembrança dele está mais viva do que nunca em mim hoje.Tomei um banho e depois me deitei em minha cama, peguei ao lado, no criado mudo uma caixa e lá tinha várias fotos do Cadu, essas fotos ele mandava pra mim pelo WhatsApp, e eu mandei revelar todas e guardei aqui, mas essa era a minha favorita.Essa carinha fofa, esses olhos lindos, como eu sentia saudade disso.Apertei a foto em meu peito e chorei… chorei e chorei, pois eu precisava aliviar isso que

Capítulo 35