CAPÍTULO 45
Maria Eduarda Duarte
Fiz questão de vestir o meu melhor vestido. Claro que é discreto, mas é um modelo exclusivo, não chega até o joelho, é justo, e tem um casaco que faz conjunto.
Coloquei a bota e passei uma maquiagem... que pena ter quebrado aquela sombra. Arrumei os cabelos e fui até a sala procurando meu marido.
Quando me viu, Maicon tossiu.
— Aonde você vai? — me olhou dos pés a cabeça.
— Como assim? Combinamos de sair, você não vai se arrumar? — agora fui eu quem o olhou por inteiro, ele sempre é tão bonito, mesmo com uma roupa mais casual.
— Só vamos almoçar, pra mim está ótimo — balancei a cabeça concordando.
— Está bonito assim, jeans te cai muito bem — falei e ele ficou me olhando, então começou a andar na direção da porta.
— Não vamos de Maserati? — perguntei quando ouvi o alarme de um carro comum de uso da máfia.
— Não — disse apenas, e não questionei. Ele já havia dito que eu não andaria mais no precioso carro.