༺ Luca Beltron ༻
Subi os olhos acompanhando Amara que deixava a sala em passos lentos. O jeito como ela encarava o chão denunciava que tinha se sentido ferida com toda aquela conversa envenenada.
Quando o som da porta do quarto se fechou atrás dela, o silêncio desabou na sala. Apoiei o copo de uísque na mesa, sentindo o peso da situação.
— Eu não acredito que a minha mãe foi capaz de perguntar uma coisa dessas para Amara — Domenico resmungou, servindo-se de mais uma dose.
Dei uma risada amarga, inclinando a cabeça.
— Se você está chocado, imagina eu. Logo a minha mãe, que veio de origem humilde, se portar como se nunca tivesse ralado na vida… é quase uma piada.
Enzo, jogado no sofá como se nada o abalasse, ergueu o copo.
— A minha, pelo menos, não me fez passar essa vergonha. Ela tem esse jeito de sargento de quartel, mas não chegou a humilhar. Sorte a minha, porque senão quem ficaria constrangido seria eu.
Pietro, sempre na dele, molhando os lábios com um gole de água, balançou a cab