Meu sangue corre por minhas veias em ritmo acelerado e meu coração bate forte no peito. É uma mistura de raiva com o álcool que já está em meu sistema. Coloco o cartão de Alex em minha bolsa e antes de subir vou falar com o porteiro. Quem está hoje é Sebastião, e ele é sempre muito simpático comigo.
— Boa noite. Tudo bem? – Forço um sorriso.
— Boa noite, dona Manuela! – Retribui o sorriso. – A senhorita precisa de ajuda?
— Obrigada, mas estou bem. Consigo chegar até o apartamento de Caio sozinha. Sebastião, você tem o controle de quem entra e sai do prédio, né?
Ele me olha sem entender meu questionamento, mas faz que sim com a cabeça.
— Você sabe me dizer quanto tempo aquela moça ruiva ficou no prédio?
Ele dá uma olhada no computador.
— Ela ficou uma hora e vinte e três minutos. Sabe, eu não deveria estar falando isso, mas aquela mulher estava com um decote de matar u