Diego finalmente olhou para Telma. Sim, o que estava acontecendo com ele? Por que parecia estar tão fora de si? Ele sabia que amava Telma, que ela era a mulher que ele sempre sonhou em ter ao seu lado. Então, por que ainda estava tão distraído?Ele a abraçou repentinamente, envolvendo-a com força nos braços. O perfume de gardênia que vinha dos cabelos dela era suave e reconfortante.De repente, a luz de um quarto se acendeu em sua mente, como se uma porta tivesse sido aberta.Era Alana. Ela entrou no quarto com um sorriso gentil, entregando-lhe uma xícara de café. Os cabelos dela ainda estavam úmidos, como se tivesse acabado de sair do banho. Pequenas gotas de água escorriam sobre o tecido da camisola, tornando-a ainda mais atraente. Ele se viu pegando o café com frieza, sem sequer olhar para ela.Alana inclinou a cabeça de forma brincalhona, apoiando-a em seu ombro. Ela sorriu, tentando fazê-lo prestar atenção nela, e disse animada:— Sente o cheiro! Comprei um shampoo novo recentemen
Alana era apenas uma professora que, após o divórcio, vivia tranquilamente trabalhando como psicóloga na Universidade Turman. De repente, ela deu uma risada autodepreciativa. "Desde quando fiquei assim tão insegura?", pensou. Antes, ela era confiante, cheia de vida, tão vibrante quanto Ayla. Mas agora... Murilo sentou-se ao lado dela e recolocou o pedaço de maçã descascada em sua mão. Ele a encarou diretamente nos olhos, com seriedade, e disse, palavra por palavra: — Isso não é um jogo. Estou falando sério. Achei que você pudesse sentir isso. O olhar de Murilo era intenso, quase ardente, e parecia queimar os olhos dela. — Alana, me diga uma coisa. Quem é essa "eu" que você mencionou? O que você acha de si mesma? Alana se viu sem palavras. — Eu... — Quem é você? — Insistiu Murilo, sem desviar os olhos dela, como se pudesse perfurar sua alma com aquele olhar. — Como a mãe do Diego disse: uma mulher divorciada, cheia de escândalos. — Alana soltou uma risada sarcástica.
— Ahn... Ayla... — Disse Alana, sem jeito.O outro lado da linha ficou em silêncio por um instante antes de a ligação ser encerrada. Alguns segundos depois, o telefone de Alana tocou novamente.— Alana, você está melhor? Olha, eu estava só brincando antes, não leve aquilo a sério, tá bom? — Ayla disse, com uma voz tímida.Alana deu uma risada leve.— Estou melhor, sim. A febre já passou.— Que bom, que bom! Então tá, vou desligar agora.Após o término do soro e depois de terminar o creme de cogumelos, Alana adormeceu profundamente. Quando acordou, encontrou Murilo cochilando com a cabeça apoiada na mão.Ele havia ficado com ela desde a madrugada anterior, quando a trouxe ao hospital, e a vigiou por tanto tempo que provavelmente estava exausto.Adormecido, o rosto de Murilo parecia menos sério, menos afiado. Em vez disso, exibia uma tranquilidade que o tornava ainda mais encantador. Alana notou seus cílios longos e grossos e, sem resistir, estendeu a mão para tocá-los. Eram incrivelment
No escritório, o ambiente pesado parecia sufocar Murilo, que mal conseguia respirar. Mestre Coelho estava sentado à frente da escrivaninha, concentrado em uma pintura, sem sequer lançar um olhar para ele.Depois de um longo silêncio, Mestre Coelho finalmente terminou o desenho. Ele colocou o pincel de lado e perguntou:— No que você tem andado tão ocupado ultimamente?— Apenas algumas trivialidades. — Respondeu Murilo.— Trivialidades? Pelo que vejo, você está muito envolvido com romances. Eu não sou contra você namorar, mas você sabe sobre aquela mulher. — Disse Mestre Coelho, com uma expressão preocupada.Murilo soltou um sorriso autodepreciativo e respondeu:— Vovô, eu conheço a história dela melhor do que ninguém. Não preciso ouvir isso dos outros. Mestre Coelho riu levemente.— E como você sabe disso, garoto?Murilo deu de ombros.— Se alguém não tivesse reclamado, você não teria me chamado aqui de repente.— Hm, de fato. Recebi algumas mensagens estranhas sobre isso.Murilo man
Diego respirou fundo antes de responder:— Sim, a filha dela foi levada.— E o que faremos agora? — Perguntou o advogado.— Você pode ir embora por enquanto. — Disse Diego.Diego estava com a cabeça cheia. Ele sabia que, assim que voltasse para casa, Luana não pararia de questioná-lo. E, mesmo se não voltasse, ela continuaria ligando sem parar. Para piorar, ele havia descoberto que a família Coelho estava agindo nos bastidores, já começando a atacar as ações da família Arruda.Tudo parecia estar caminhando para um desfecho inevitável. Diego desligou o telefone e permaneceu em silêncio, pensativo.No consultório de psicologia da Universidade Turman, o Professor Igor trouxe flores para Alana, e o Diretor Tim enviou um cartão de felicitações. A publicação da tese de Alana na revista de psicologia havia se tornado um marco para a história da universidade.Carregando o buquê, Alana saiu pelos portões da universidade acompanhada por Luiza e Roberto.— Alana, vamos para o resort! — Disse Luiz
Alana se apoiou no corpo de Murilo, balançando o dedo enquanto apontava para o rosto dele.— Hã? Você é o Mestre Murilo! Por que você tem dois narizes?Ela tentou focar nos traços do rosto dele, mas sua visão estava turva e descontrolada. Sentindo-se cada vez mais tonta, ela simplesmente desabou nos braços de Murilo.Antes de adormecer, Alana murmurou:— Murilo gosta de mim.— O que você disse? — Perguntou Murilo, com uma voz suave e cheia de ternura, enquanto a segurava com cuidado.Mas, por mais que ele insistisse, Alana apenas ria e não respondia.Murilo também havia bebido bastante, mas não tanto quanto ela. Sua mente ainda estava relativamente clara. Ele pediu para que alguns funcionários levassem os outros três para seus quartos e decidiu acompanhar Alana até o dela. Já era mais de uma da manhã e o frio começava a apertar.Murilo ajudou Alana a entrar no quarto e a cobriu com o edredom. Ele estava prestes a sair quando sentiu sua mão ser segurada com força.— Não vá... não vá...
Os olhos de Murilo estavam repletos de ternura enquanto o aroma sutil do quarto parecia carregar o perfume de Alana.Ele se deitou novamente na cama, sentindo o edredom impregnado com o cheiro dela.No banheiro, o coração de Alana batia descontrolado. Ela se olhou no espelho, completamente perdida e embaraçada, com as bochechas coradas. Tentou se lembrar dos detalhes da noite passada, mas sua mente estava em branco.Ela abriu a torneira e lavou o rosto com água fria, tentando recuperar a compostura.Ao vestir-se, percebeu marcas vermelhas em seu pescoço.“E agora, o que eu vou dizer para Luiza e Ayla?” Pensou Alana. “E o Roberto? Ele com certeza vai me zoar!”Seus cabelos molhados e desgrenhados refletiam o estado caótico de sua mente. Tudo o que Alana queria era fugir dali o mais rápido possível, mas não conseguiu escapar do olhar atento de Murilo.Alana não conseguia manter a calma. Seu rosto estava tão quente que parecia capaz de cozinhar um ovo. Ela não conseguia acreditar que havi
Antes de Isadora receber sua sentença, o advogado dela apresentou um laudo psiquiátrico. O diagnóstico apontava transtorno de delírio persecutório grave e transtorno bipolar. Com isso, em vez de ser condenada à prisão, ela foi enviada diretamente para um hospital psiquiátrico para cuidados e tratamento.Após o resultado, Alana encontrou-se com Vanessa, que sorriu de forma amarga.— Eu já sabia que não seria tão fácil assim. — Disse Vanessa, com um tom de desânimo.Alana balançou a cabeça e respondeu:— Fizemos tudo o que podíamos. Mesmo que ela tenha sido enviada para um hospital psiquiátrico, ela será obrigada a viver como uma paciente e a receber tratamento. Isso talvez seja ainda mais doloroso para ela.Vanessa, com os olhos cheios de preocupação, perguntou:— Srta. Alana, você conseguiu enviar minha filha para a casa da avó dela?Alana assentiu:— Sim, ela já está lá. Se você se comportar bem, pode tentar pedir liberdade condicional. Enquanto isso, eu ficarei de olho na sua filha e