Alana entrou no elevador e respirou fundo. Ela não era nenhuma garotinha, precisava manter a calma, manter a compostura.
Quando as portas do elevador estavam prestes a fechar, uma mão as impediu. Murilo entrou e se aproximou lentamente. Sua postura elegante exalava um perfume amadeirado de cedro.
Alana sentiu sua cabeça girar. Parecia que o elevador inteiro estava impregnado com aquele aroma, e suas bochechas ficaram quentes, ardendo. Ao tocar o rosto, percebeu que estava muito vermelho.
Murilo olhou para ela com preocupação e colocou a mão em sua testa:
— Não está quente.
Alana ficou imóvel, sem conseguir respirar. Aquele toque era quente e firme. Quando ele retirou a mão, seus olhos seguiram o movimento até ela desaparecer no bolso da calça dele.
— Eu não estou com febre. — Declarou ela, com firmeza.
— Eu sei. — Ele respondeu, inclinando-se de repente, aproximando-se de Alana. Sua voz saiu baixa e suave. — Está envergonhada?
Alana desviou o olhar, incapaz de encará-lo dir