Lucas temia que eles pudessem ferir Camila pelas costas. Assim que André saiu, Lucas foi ao banheiro para se lavar.
Ao empurrar a porta, viu que Camila já havia apertado a pasta de dente para ele e até preparado o enxaguante bucal. Ao baixar os olhos e observar o creme azul sobre a escova, Lucas sentiu uma felicidade há muito tempo esquecida.
Ela, além de não amá-lo, era quase perfeita. Ele decidiu engolir o fato de ser apenas um substituto, sem reclamar.
Com o braço machucado, tomar banho não era uma opção. Após uma higiene básica, Lucas voltou para a cama, deitou-se e virou a cabeça para olhar para Camila.
— Estamos reconciliados agora? — Perguntou Lucas.
Camila deu uma leve pausa, mas não respondeu.
Lucas ergueu a mão e massageou a têmpora:
— Não vou te pressionar, nem te obrigar a nada, muito menos forçar você a reatar comigo, mas preciso que me prometa uma coisa: você não pode gostar de outra pessoa.
Camila achou graça e sorriu de lado:
— Como você é autoritário.
— Sempre fui assi