Lucas bateu a porta do carro com tanta força que o veículo chegou a estremecer. Se não fosse pela boa qualidade de construção, talvez a porta tivesse saído do lugar.
O rosto de Pedro mudou ligeiramente ao ouvir o estrondo.
Camila, percebendo o clima, apressou-se em se desculpar:
— Me desculpe, Sr. Pedro. Ele bebeu demais.
— Não tem problema.
Ela notou que Pedro também parecia levemente embriagado e, preocupada, perguntou:
— Como o senhor vai voltar para casa? Está tudo bem?
— Minha irmã está aqui. Não precisa se preocupar.
— Obrigada por ajudar. Nós vamos indo, então.
— Podem ir.
O olhar de Pedro, carregado pelo efeito do álcool, tornou-se inesperadamente suave. O entorpecimento provocado pela bebida havia baixado suas barreiras emocionais, e seus olhos, mais do que nunca, expressavam uma ternura que não conseguia controlar.
Camila, achando que aquilo era apenas resultado da bebida, não deu importância. Ela virou-se e começou a caminhar em direção à outra porta do carro.
Pedro observou