Alana soltou uma risada fria:— Isadora me odeia há muito tempo. Não é de hoje. Você conhece a reputação dela na escola melhor do que eu, já que foi sua professora. Sabe que ela adora usar conspirações e manipulações. Mesmo que você tenha conseguido a minha tese, ela jamais te ajudaria. O único objetivo dela era me prejudicar. Quando atingisse esse objetivo, por que ela se importaria com você? As lágrimas de Vanessa escorreram sem controle. Ela mordeu os lábios com força:— Foi tudo culpa minha. Eu não devia ter acreditado nela. Foi por isso que eu te sequestrei. Tudo foi minha culpa. — E aquela foto? — Perguntou Alana, lembrando que a única razão pela qual caiu na armadilha foi por causa daquela imagem. Vanessa permaneceu em silêncio por um instante, depois apertou os lábios antes de responder: — Foi Isadora quem planejou tudo. Ela colocou alguém para se aproximar de Ayla e a levou para tirar aquelas fotos. A imagem era parcialmente verdadeira. Quando terminou de falar, Vane
— Eu não entendo o que você está falando! Ayla! Olhe ao seu redor, estamos na escola. Como você pode me bater assim? — Disse Oliveira, chorando enquanto falava.— Não entende? Então eu vou te mostrar claramente! — Respondeu Ayla, agarrando o cabelo dela com força. — Ontem foi você quem desligou meu celular e o escondeu! Você fez isso para que eu não pudesse atender as ligações!Ayla rapidamente revirou a mochila de Oliveira e encontrou o celular. Sem hesitar, forçou Oliveira a desbloqueá-lo e abriu as mensagens de Isadora. Quanto mais lia a conversa, mais enfurecida ficava. Era exatamente como suspeitava: Isadora havia instruído Oliveira a se aproximar dela, sugerindo que fossem tirar fotos, e também a esconder seu celular.Tudo isso era culpa de Oliveira. Por causa dela, Alana não conseguiu entrar em contato com Ayla e acabou passando por tudo aquilo. Ayla não iria tolerar isso.— As provas estão aqui. O que mais você tem a dizer? — Disse Ayla, com a voz fria.Ela olhou ao redor, enca
Oliveira observou Isadora fugindo às pressas e ficou momentaneamente atordoada. Seus olhos se arregalaram, como se tivesse se lembrado de algo, e ela saiu correndo.Enquanto isso, Isadora não teve tempo nem de arrumar a mochila, muito menos de pedir autorização para sair da escola. Ela simplesmente correu para fora do campus, parou o primeiro carro que passou e voltou para casa.Luana, ao vê-la entrando pela porta, ficou surpresa.— Isadora, você não tinha aula esta tarde? Por que voltou para casa tão cedo?Isadora olhou para Luana com o rosto cheio de pânico.— Mãe! O que eu vou fazer? A polícia está vindo me prender!— Que conversa é essa, menina? Por que a polícia iria te prender do nada? — Luana perguntou, confusa. Mas, ao notar o desespero no rosto da filha, ela imediatamente entendeu que algo estava errado. — O que você fez dessa vez?— Mãe! Aquela mulher! Foi aquela desgraçada! Ela chamou a polícia de novo! — A voz de Isadora tremia.Luana tentou acalmá-la, mas precisou pergunta
Isadora era a irmã dele. Claro que Diego não queria que algo de ruim acontecesse com ela.Na estrada, um Maybach preto corria como um relâmpago, ignorando os limites de velocidade e as áreas de radar. O motorista pisava fundo no acelerador, a ponto de quase perder o controle do volante. Mas, para Isadora, não era rápido o suficiente. Assim que entrou no carro, ela comprou uma passagem para um voo que sairia em meia hora. Tudo o que precisava era chegar ao aeroporto a tempo, e estaria a salvo nos Estados Unidos. Quando o aeroporto finalmente apareceu à distância, uma moto da polícia surgiu ao lado do carro. Pelo alto-falante, ouviu-se uma ordem: — Encoste o veículo imediatamente! — Não pare! — Gritou Isadora, histérica. O motorista, assustado, não teve coragem de desobedecer. Ele pisou ainda mais fundo no acelerador, e o carro disparou novamente. Enquanto tentava se recompor, Isadora viu, aterrorizada, mais motos da polícia surgindo dos dois lados, acompanhadas de viaturas q
Alana entrou no elevador e respirou fundo. Ela não era nenhuma garotinha, precisava manter a calma, manter a compostura.Quando as portas do elevador estavam prestes a fechar, uma mão as impediu. Murilo entrou e se aproximou lentamente. Sua postura elegante exalava um perfume amadeirado de cedro. Alana sentiu sua cabeça girar. Parecia que o elevador inteiro estava impregnado com aquele aroma, e suas bochechas ficaram quentes, ardendo. Ao tocar o rosto, percebeu que estava muito vermelho. Murilo olhou para ela com preocupação e colocou a mão em sua testa:— Não está quente. Alana ficou imóvel, sem conseguir respirar. Aquele toque era quente e firme. Quando ele retirou a mão, seus olhos seguiram o movimento até ela desaparecer no bolso da calça dele. — Eu não estou com febre. — Declarou ela, com firmeza. — Eu sei. — Ele respondeu, inclinando-se de repente, aproximando-se de Alana. Sua voz saiu baixa e suave. — Está envergonhada? Alana desviou o olhar, incapaz de encará-lo dir
Alana saiu da mesa quase correndo e voltou para o quarto. Ela foi até a penteadeira e ficou se olhando no espelho, observando seu rosto corado. O que Roberto quis dizer com aquilo? Murilo estava tentando conquistá-la há muito tempo?Embora Alana soubesse dos sentimentos de Murilo, as palavras de Roberto sugeriam que ele a amava há bastante tempo e que vinha tentando conquistá-la por um bom período. Isso parecia... surreal.Ao sair do quarto, Alana viu Ayla debruçada sobre a mesa, tirando um cochilo. Roberto e Luiza já estavam completamente apagados por conta do álcool. Mas onde estava Murilo?Alana notou uma sombra se movendo na cozinha. Ela caminhou até lá e viu Murilo mexendo em uma panela. Só quando se aproximou, sentiu o cheiro amargo familiar. Era, novamente, a infusão de hortelã. Como esperado, Murilo saiu da cozinha segurando uma tigela com a bebida:— Saiu do quarto? Beba isso. Eu vi que o pacote de chá de hortelã na geladeira ainda estava quase cheio. Você claramente não tem
— Ela pode até ter errado, mas você não pode simplesmente deixá-la na prisão, pode? Isadora estava apenas defendendo você! Aquela vadia cometeu adultério durante o casamento e ainda levou tanto dinheiro! Sua irmã estava apenas tentando fazer justiça por você, como pode não ajudá-la? — Luana falou, apontando o dedo para o rosto de Diego.Telma tentou convencer Diego também:— Diego, afinal, ela é sua irmã. Isso também afeta a reputação da família Arruda. Na última vez, muitas pessoas zombaram da família Arruda. Desta vez, temo que...Ela, no entanto, não estava preocupada com Isadora. O que realmente a preocupava era a reputação da família Arruda.Luana olhou para ela com gratidão:— Telma, você é mesmo tão sensata e atenciosa. Sempre pensando em tudo.Diego franziu levemente a testa. Ele sabia muito bem que Telma tinha razão. Se fosse apenas Alana, as coisas seriam mais fáceis de resolver. Mas agora, Murilo estava claramente mirando a família Arruda.— Na verdade, o que define a gravid
Assim que Murilo abriu a porta do quarto de Alana, seu coração disparou de forma incontrolável. Ao tocá-la, percebeu que sua pele estava escaldante.Sem perder tempo, Murilo a pegou nos braços e a levou imediatamente ao hospital.O relógio marcava duas da manhã quando chegaram, e só por volta das cinco o quadro febril de Alana começou a melhorar. Durante todo esse tempo, Murilo não pregou os olhos nem por um instante, mantendo-se atento ao frasco de soro e observando constantemente o estado dela.— Você não vai sair do hospital novamente. — Declarou Murilo, com uma firmeza inquestionável.Alana olhou para ele e, ao notar sua expressão, soube que ele estava claramente irritado.— Obrigada por tudo. — Disse ela, com um sorriso sem graça.Murilo riu, mas era um riso carregado de frustração. Ela agradecia de maneira tão distante, como se ele fosse um estranho.— Obrigada? Não diga mais isso. — Retrucou Murilo, inclinando-se de repente na direção dela. O movimento o aproximou demais, e Al