Murilo observava Alana, que estava deitada na cama do hospital, tomando calmamente a sopa de abóbora. Na sua mente, a imagem dela desmaiada sob a chuva forte continuava a aparecer. Ele se lembrava de como ela caíra na tempestade, e isso fazia seu coração se encher de um vazio insuportável.
Murilo caminhou silenciosamente até a janela e olhou para o gramado verde atrás do hospital, onde algumas flores começavam a desabrochar. Os botões estavam fechados, mas prestes a se abrir.
Enquanto observava, ele viu um paciente agindo de forma suspeita, aproximando-se do gramado. O homem estendeu a mão e arrancou o caule de uma das flores. O coração de Murilo deu um salto, e sua expressão ficou sombria.
Naquele instante, imagens sombrias invadiram sua mente. Ele visualizou uma garota ensanguentada caída em uma poça de sangue, enquanto outra jovem chorava desesperadamente antes de desmaiar. A cena era tão vívida que fez suas pernas fraquejarem. Ele precisou se apoiar na parede com uma das mãos, en