Abri a carta que tinha nas mãos e uma onda de dor crua me atingiu no peito. A caligrafia caprichada de Carl saltou aos meus olhos.
“Amy,
Eu sei que, neste exato minuto, estou deitado na terra fria depois de fazer de tudo para salvar minha menininha. Eu sei que você acabou de passar uma hora cuidando dela, e por isso serei eternamente grato. Mas, se você permitir que ela fique acordada, ela vai se machucar. Eu vi isso. Então eu lhe imploro que a faça dormir.
Use sua magia e a faça dormir todas as noites pelos próximos meses. Ela é uma criança, mas é minha criança, e eu a conheço. Ela é uma alma antiga em um corpinho e vê mais do que você imagina. Mas ela ainda não enxerga o quadro inteiro e, se você deixar que enxergue, ela vai se colocar em perigo. E, com ela, o mundo também estará em risco.”
Ergui o olhar da carta e vi Toya parada bem perto.
— O que houve? — Ela se aproximou.
— Ele quer que eu a coloque para dormir. Pelos próximos meses.
Toya pegou a carta e leu.
— Ele viu isso. — E