Virei-me de costas para minha avó e dei um passo em direção ao meu corpo. Olhei por cima do ombro.
— O que eu devo fazer?
Ela sorriu.
— Envolva a mão na corrente. Ela não pode te machucar mais do que já machucou. E siga até o fim. Descubra quem está te ferindo, descubra a intenção dessa pessoa e salve suas lobas. — Ela lançou um olhar para o meu corpo. — Você não tem muito tempo. Elas já estão muito fracas.
— Estou com medo. — Murmurei, e o sorriso dela foi triste, mas firme.
— Eu sei. E está tudo bem, mas não deixe o medo te impedir de fazer o que precisa ser feito. Não deixe que ele te afaste de quem você nasceu para ser.
As palavras dela ecoaram na minha mente enquanto eu me aproximava do meu corpo no chão.
— Certo. — Envolvi a mão na corrente e comecei a caminhar. O metal vibrou entre meus dedos, e eu consegui sentir a intenção impregnada nos elos negros.
Quem quer que tivesse lançado essa maldição queria uma única coisa: matar minha loba. Teria conseguido, se eu tivesse apenas uma