Capítulo 4

— O que você acha de almoçarmos juntos hoje? - Marcos questionou.

— Sim, na verdade eu preciso falar com você. - Anderrespondeu.

— Nos vemos no restaurante de sempre? - Marcos questionou.

— Sim! Te vejo lá. Após a chamada Ander saiu do seu escritório cruzando com a sua mãe no corredor.

— Você vai almoçar? - Camila questionou.

— Sim! - Ander respondeu simplista.

— Vamos comer juntos. - Camila sugeriu sorridente.

— Eu vou almoçar com o meu pai e temos alguns assuntos a tratar, mas prometo que te compenso. - Ander deixou um selar na sua testa e saiu.

Pelo caminho ele olhava para a tela do celular se perguntando se ligaria ou não para Ivy. Por vezes ele discava o número,mas depois apagava. Desde que se envolvera com Ivy, Anderse sentia diferente, algo nele mudou e ele sabia e o frustravaas sensações incompreendidas por si que a presença, ausência e os toques da Ivy o faziam sentir. Não demorou muito para que ele chegasse ao lugar marcado, logo que entregou avistara o seu pai e foi ao seu encontro.

— Você parece chateado, aconteceu alguma coisa. - Marcos questionou preocupado.

— Sim! A Ivy aconteceu! Aquela mulher papai, ela me deixa louco! - Ander falou e passou as mãos pelo rosto.

— Calma filho, é só mais uma mulher com quem você dormiu. O que ela tem de tão especial que deixa você assim? - Marcos questionou. Ander sempre foi o seu maior orgulho e ele sempre quis que o filho se tornasse a sua imagem e semelhança e vê-lo naquele estado por culpa de uma mulher o incomodava, principalmente por essa mulher ser a Ivy.

— Quando eu a conheci naquela m*****a festa, eu achei que fosse só uma atração física. Aí eu dormi com ela e era suposto eu ter deixado ela lá dormindo, mas não! Foi ela quem me deixou e agora eu quero mais papai, eu quero transar com ela de novo, mas…

— Mas ela não quer. É isso? - Marcos questionou e Anderassentiu. — Você está acostumado a ter as mulheres a seguirem você pedindo por mais e agora que é a sua vez de seguir, o seu ego de macho está se ferindo.

— O pior papai é que ela não sai da minha cabeça, ela não sai! Eu acordo e ela está lá, eu vou trabalhar e ela está, vou me deitar e ela também está lá! E eu só conheço ela faz alguns dias! - Ander desabafou e suspirou pesado. — Nós só transamos uma vez e eu já sinto a falta dela, sinto falta dos seus beijos, dos seus toques, do cheiro dela. Eu tenho vontade de vê-la, tenho vontade de abraçá-la, de senti-la minha e me machucou tanto ouvir ela dizer que para ela foi apenas sexo.

— Vocês se viram? - Marcos questionou receoso.

— Sim. Eu contratei um investigador para descobrir o que ela faz, onde ela vai, quem são as pessoas mais próximas dela. - Ander respondeu e Marcos ficou pensativo.

— E o que você descobriu? - Marcos questionou.

— Ela costuma malhar em uma academia não muito distante da casa dela e eu fui até lá para falar com ela porque ela ignorou todas as minhas ligações, e eu precisava saber o porquê. - Ander confessou e Marcos respirou fundo.

Ander você está se apaixonando por ela! - Marcos falou convicto e Ander o encarou incrédulo.

— O quê? É claro que não! - Ander falou indignado.

— Ou isso ou você está ficando obcecado por essa mulher!

Marcos falou e logo chamou o garçom que não demorou a atender e fizeram o seu pedido. Marcos deixou o seu filho refletir sobre o que dissera enquanto isso ele pensava na urgência de obter informações sobre ela. Após o almoço ambos voltaram para os seus trabalhos, Ander ainda refletia sobre o que o seu pai dissera, ele nunca se apaixonou antes e a ideia de ter se apaixonado por uma mulher assim tão rápido o deixava incrédulo.

Enquanto isso, Ivy estava no seu escritório comendo chocolates enquanto assinava papéis quando ouviu a porta ser aberta revelando a silhueta da sua mãe.

— O que foi agora? - Caetana questionou fazendo Ivy a encarar confusa.

— Como assim? - Ivy questionou.

— Pelos vistos essa é a segunda barra de chocolate que você come. - Caetana apontou para o plástico de chocolate na mesa. - O que significa que tem algo te incomodando e muito. - Ivy largou a barra e respirou fundo.

— Me preocupa que o Marcos possa saber quem eu realmente sou. Você sempre disse que eu sou parecida com a minha mãe e talvez ele também tenha percebido isso. E se ele me investigar e ligar os pontos, acabou-se! - Ivy falou e logo enfiou um cubo de chocolate na boca.

— Larga isso! - Caetana arrancou a barra. — Primeiro você deve acabar com esse vício de ficar comendo chocolate toda vez que algo acontece, segundo se ele já tivesse descoberto Ander não teria te procurado, então para de ser paranoica! Ligue para o Ander e combine de se encontrarem no apartamento dele, você vai fazer o que tiver que fazer para que ele se apaixone por você o quanto antes, o resto deixa comigo. - Ela falou autoritária e Ivy assentiu.

A noite já se fazia presente, Ivy fez o que a sua mãe dissera, ligou para Ander e pediu que se encontrassem no seu apartamento, o mesmo não recusou. Neste momento Ivy estava entrando no estacionamento do prédio, por coincidência Ander acabava de chegar e a esperou ao lado do seu carro, ela estacionou dois carros antes do dele, desligou o carro e desceu. Quando estava para ir se encontrar com ele, Ivy sentiu alguém a segurar pelo pescoço e apontar uma arma na sua cabeça.

— Se você gritar eu te mato! - O homem ameaçou. Anderpercebeu a demora da Ivy, quando se aproximou viu o homem tentando sequestra-la, ele tentou se aproximar, mas o homem o impediu.

— Não se aproxime senão eu mato ela! - O homem ameaçou deixando Ander receoso.

— Baixa essa arma agora! - Ander ordenou sentindo o seu coração apertar por ver Ivy em perigo.

— Eu tenho ordens para entregar a cabeça dela! - O homem falou pressionando a ponta da arma na cabeça da mesma.

Ander… - Ivy o chamou assustada como se estivesse implorando por ajuda.

— Eu pago o dobro se você a soltar e me disser quem mandou você fazer isso. - Ander sugeriu.

— Isso não se trata só de dinheiro. Diga adeus a sua namorada. - O homem falou.

— Não, não, por favor, não! - Ivy implorou.

— Não atira por favor, eu dou quanto você quiser, mas não atira. - Ander falou quase implorando. A ideia de perder Ivy partia o seu coração. O homem balançou a cabeça em negação e apertou o gatilho lentamente. Ander continuou implorando para que ele não atirasse, mas ele atirou, naquele mesmo instante Ivy apertou os olhos assustada e chorando, porém, a arma estava descarregada e ela continuava viva. Ivy chorava de medo, susto e alívio. Por alguns instantes Ander sentiu o seu mundo desabar por completo ao pensar que nunca mais viria Ivy e foi naquele mesmo instante que ele percebeu que talvez a amava.

— Isso foi só um aviso Ivy Salvaterra, tenha cuidado porque eu estarei vigiando você. - O homem falou, a empurrou contra Ander e fugiu.

Ander… - Ivy o abraçou forte.

— Calma, está tudo bem, eu estou aqui. - Ander retribuiu o abraço e fez um carrinho levo na sua cabeça para acalmá-la. — Vamos subir, não é seguro ficar aqui. Ambos subiram até ao apartamento dele, Ander deu um chá calmante para Ivy, reportou a segurança o que acabara de acontecer e sentou-se ao lado dela.

— Eu não sei o que teria acontecido se você não estivesse lá. - Ivy falou já mais calma.

— Não pense mais nisso, você está segura agora e isso é o que importa. - Ander a abraçou e deitou a cabeça dela no seu ombro. — Eu prometo que não vou deixar que ninguém te machuque e quem tentar, eu juro que mato! Eu vou encontrá-lo e o farei pagar por isso. - Ander falou em um tom sério.

— Porquê você se importa? - Ivy questionou fitando os seus olhos. — Você não precisa fazer isso, eu posso…

— Ivy olha…- Ander falou a interrompendo, ele respirou fundo e ganhou coragem para confessar. — Eu sei que não nos conhecemos a muito tempo, mas eu me importo com você e muito. Ivy eu gosto de você e hoje eu pude perceber isso. Quando eu vi você nas mãos daquele cara eu fiquei com medo de te perder e quando ele apertou o gatilho eu senti o meu mundo desabar. Ivy eu sei que essa pode não ser a altura certa para dizer isso e que você pode até não acreditar, mas eu te amo. - Ander confessou e Ivy o encarou sem expressão, mas por dentro ela estava feliz por ter conseguido o que queria em tão pouco tempo.

Ander eu…

— Está tudo bem, eu sei que para você não passou de apenas uma noite de sexo, mas eu vou conquistar o seu amor e não vou desistir até que você me ame. - Ander falou e Ivy logo atacou os seus lábios iniciando um ósculo necessitado.

— Eu te amo! - Ivy falou sorrindo singela.

— Você está falando sério? - Ander questionou surpreso.

— Tal como você disse, não faz muito tempo que nos conhecemos, mas desde que te vi naquela festa eu não pareide pensar em você e depois daquela noite tudo mudou. Eu sei que não faz muito tempo desde que nos conhecemos. Mas só precisamos de um instante para nos apaixonar e um segundo para amar. - Ivy falou.

— Isso é alguma frase filosófica? - Ander brincou e Ivy riu breve.

— Eu não sei, mas diferente de Sócrates que só sabe que nada sabe, eu só sei que em questão de dias eu comecei a te amar.

Ander beijou-a, mas dessa vez não era um beijo com tesão ou segundas intenções, eram um beijo de amor, um beijo que expressava os sentimentos um do outro, bom, pelo menos os dele.

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