Com o ódio percorrendo nas suas veias, o desejo de vingança dominando o seu coração e a dor impedindo-a de ser feliz. Ivy Salvaterra aproxima-se de Ander Angeles com um único propósito, fazê-lo apaixonar-se por ela e através de um casamento falso ela entra na sua família. Com mentiras, traições e torturas Ivy vai vingar-se da assassina da sua mãe, mas o que ela não esperava era que o amor ilimitado de Ander transformaria-se no seu inferno.
Leer másEmma Torez era uma garota meiga, simpática, afetuosa e muito sorridente. Ela perdeu seu pai quando tinha dois anos e desde então tem vivido com sua mãe e apesar da ausência do seu pai elas eram felizes por ter uma a outra. Emma sempre gostou de ir com a sua mãe para o seu escritório e ajudá-la no que puder, apesar de ter apenas cinco anos ela era uma menina muito inteligente. Um dia, uma mulher entrou de forma brusca e muito alterada no escritório da sua mãe e ameaçou-ade matar a ela e a sua filha se elas não fossem embora do país em vinte e quatro horas, a sua mãe recusou-se a ceder ao seu pedido e três dias depois, quando ela a levava para a escola, sofreram um trágico acidente de carro que resultou na morte da sua mãe, Emma foi levada para um orfanato onde foi diagnosticada com depressão. Dois meses depois foi adotada por uma mulher muito poderosa e após várias secções com um terapeuta infantil Emma recuperou e desde então, aquela garota que um dia fora feliz, agora era uma mulher rancorosa, cruel e capaz de fazer o que for para conseguir fazer a sua vingança contra a mulher que matou a sua mãe, Camila Angeles. Após sua adoção, Emma mudou de nome para Ivy Salvaterra, tal como a sua mãe adotiva disse “— Um novo nome, uma nova pessoa, uma nova vida! ”
Agora, Ivy Salvaterra era uma grande mulher de negócios, poderosa e implacável, dona e presidente de uma das melhores empresas de vinho de Los Angeles, a Vinhos Salvaterra, a mesma estava prestes a lançar uma nova linhagem de vinhos e Ivy, estava em seu escritório concentrada trabalhando para que o lançamento fosse um sucesso até que ouviu uma voz familiar se aproximando e sorriu ao reconhecer de quem era:
— Parabéns para você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida… - Sua mãe adentrou no cômodo segurando um bolo com uma vela acesa e sorrindo com os olhos brilhantes.
— Mãe… - Ela se levantou da sua cadeira indo em direção a sua mãe sorrindo de volta.
— Feliz aniversário meu amor! - A mais velha esticou os seus braços para que ela apagasse as velas, e assim o fez.
— Muito obrigada! - Ela deu um beijo na testa da sua mãe e voltou para a sua cadeira.
— Eu sempre comemorarei seu real aniversário, o aniversário da Emma Torez para que você nunca se esqueça quem vocêrealmente é! - A mais velha foi em direção a sua filha e a envolve em seus braços beijando a sua testa.
— Emma Torez não existe mais, mamãe! - Ela falou organizando os pais que estavam sobre a mesa. — Aquela garota meiga, sorridente, simpática e ingênuas demais para enxergar a bondade nas pessoas, morreu naquele acidente! Você mesma disse, um novo nome, uma nova pessoa, uma nova vida! Certo?
— Sim, mas eu também disse que, não importa quem você seja agora, nunca se esqueça das suas raízes. - Caetana indagou. — Está tudo pronto para o lançamento da I&C? - Ela questionou intrigada pegando um dos papéis sobre a mesa.
— Sim, eu só preciso revisar... - Ivy foi interrompida por duas batidas na porta. — Entre! - Após a sua fala a porta foi aberta revelando a silhueta da sua secretária.
— Com licença senhora. - Ela falou adentrando no cômodo. — Chegou um convite em nome de Anthony Jacobs. - Ela entregou o mesmo, fez uma pequena reverência e saiu.
— É um convite para o The Emparie. - Ivy falou lendo o mesmo com desdém. — Sempre achei esse nome ridículo e o evento ainda mais.
The Emparie era um evento organizado todos os anos apenas para grandes empresários cujo anfitrião era Anthony Jacabs, dono de uma das principais empresas de videojogos e o nome do evento era em homenagem ao primeiro videojogo que ele criou.
— Este ano você vai aceitar? - Sua mãe questionou cortando uma fatia de bolo.
— Sim, os Angeles sempre vão e.… eu acho que já está na hora de nos reencontrarmos. - Ela respondeu simplista.
—O que você vai fazer com a Camila Angeles? - Sua mãe questionou.
— Ela destruiu a minha vida e me tirou tudo o que eu tinha e agora eu farei o mesmo. - Ivy se levantou da sua cadeira e foi até a grande janela de vidro. — Eu vou tirar tudo dela, o marido, o filho, o império Angeles, tudo! Para que ela nunca esqueça o meu nome! - Ela falou com uma expressão séria apertando o seu punho.
— Ivy Salvaterra! - Sua mãe falou com um sorriso ladino. — Agora, me diga o que você descobriu sobre eles? - Sua mãe questionou colocando um pedaço de bolo na boca, Ivy abriu uma pasta que estava em sua mesa e retirou de lá um monte de papéis e fotografias.
— Marcos Angeles! - Ela entregou a fotografia do mesmo a sua mãe. — Quarenta e cinco anos, juiz do Tribunal Supremo de Los Angeles. Camila Angeles! - Ela entregou a foto da mulher. — Quarenta e três anos, casada com Marcos, empresaria de sucesso, ela é dona da firma de vinhos The Angele’s.
— Esse deve ser o filho deles, certo? - A mais velha questionou.
— Ander Angeles! Vinte e cinco anos, vice-presidente da firma, o orgulho da família. Ele é o alvo mais fácil. - Ela sorriu ladina após a sua fala. — Eu vou aproveitar para me aproximar dele nessa festa e através dele eu entrarei naquela família de abutres.
— Pelo que diz no convite, a festa será hoje à noite, você devia sair mais cedo hoje. - Caetana falou com os olhos no convite.
— Eu só vou revisar mais alguns papéis e depois saiu!
Caetana assentiu e saiu deixando Ivy terminar o seu trabalho. Depois de ter experimentado um monte de vestidos, Ivy finalmente encontrou o vestido perfeito para a ocasião, era um vestido preto, longo, justo e com uma racha que começava da coxa, ela fez uma maquiagem leve e arrumou o seu cabelo em coque, passou o melhor perfume que tinha, pegou a sua bolsa e saiu do seu quarto descendo até a sala.
— Você está linda! - Sua mãe falou olhando-a dos pés àcabeça.
— Obrigada! Eu já vou, se cuida e por favor, não beba demais. - Ivy deixou um selar na bochecha da mãe e saiu.
— Transe com ele! - Sua mãe gritou o suficiente para que ela ouvisse, Ivy travou na porta e se virou fitando a mais velha.
— Prefiro morrer virgem do que transar com ele!
Sem esperar uma resposta Ivy saiu. O evento seria no centro da cidade, não havia muito tráfego na rodovia por isso não demorou muito a chegar. Haviam muitos empresários entrando no local, alguns estavam acompanhados e outros não, Ivy entregou o seu convite e entrou sendo recebida pelo anfitrião.
— Boa noite, senhora Salvaterra. - Ele falou esticando a sua mão.
— Boa noite! - Ivy respondeu assentindo, rejeitando o seu aperto de mão.
— Fico feliz que desta vez tenha aceitado o meu convite, sinta-se à vontade.
Após a fala do homem Ivy pegou em uma taça de champanhe e foi até ao canto do salão a fim de se distanciar e analisar o local. O salão estava muito iluminado, o som da música estava moderado, haviam vários empresários exibindo os seus ternos e vestidos caros, alguns homens exibiam as suas acompanhantes como se fossem objetos, Ivy procurou com o olhar pelos Angeles, porém não os encontrou o que a deixou inquieta. Alguns minutos depois o anfitrião subiu ao palco e pegou o microfone chamando a atenção de todos.
— Boa noite! - Ele falou.
— Boa noite! - Todos responderam em uníssono exceto Ivy.
— Em primeiro lugar, quero agradecer a presença de todos. Em segundo, dizer que este evento é organizado todos os anos para que possamos celebrar as nossas conquistas, como todos sabemos não é fácil alcançar o sucesso no mundo dos negócios, por vezes temos que fazer algumas coisas alheias à nossa vontade, se é que me entendem. - Jacobs falou recebendo a aprovação de todos. — Muitos que estão aqui não se conhecem e eu espero que possam aproveitar este dia para conhecerem-se e quem sabe fazer novas parcerias. O evento deste ano é diferente dos outros porque o The Empire tem a grande honra de ter como convidada especial… Ivy Salvaterra! - Ele falou apontando para a mesma, todos se voltaram para ela, alguns a encaravam com curiosidade, luxúria e outros com desdém, Ivy não mostrava nenhuma reação. — Me dá a honra de partilhar o palco com você? - Ivy assentiu e caminhou de forma lenta até ao palco. — Sei que muitos aqui não a conhecem, ela é dona da empresa que produz uma das melhores marcas de vinho do mundo.
— Vinhos Salvaterra! - Um homem falou erguendo a sua taça de vinho, fazendo alguns gargalhar.
— O melhor vinho do mundo! - Outro homem falou.
— Exatamente! Todos os anos eu enviava um convite, mas infelizmente ela recusava, mas este ano é diferente e eu fico muito honrado que tenha aceitado estar aqui conosco. Bom, como todos sabem, todos os anos o discurso é feito pela nossa querida Camila Angeles…. - Ivy serrou o punho no mesmo instante que ouviu o nome da mulher. — Mas este ano o discurso será feito pela senhora Salvaterra. - Ele entregou o microfone a Ivy.
— Boa noite a todos! - Ivy falou.
— Boa noite! - Responderam em uníssono.
— Está é realmente a primeira vez que venho a este evento. Eu não conheço muitos de vocês, porém alguns aqui me conhecem, espero que esta noite todos possam conhecer-se e abrir portas para novas sociedades. Divirtam-se!
Assim Ivy terminou seu discurso recebendo aplausos dos convidados, ela desceu do palco e voltou para o seu canto,porém parou assim que viu os Angeles. Seu sangue começou a ferver, seus olhos refletiam ódio e raiva, sua respiração foi ficando cada vez mais ofegante e a única coisa que vinha na sua mente era matar Camila naquele mesmo instante. Um garçom passou ao seu lado e ela pegou em uma taça de champanhe, bebeu tudo em um só gole. Com a taça vazia em mãos, ela caminhou lentamente em direção a Camila, quebrou a taça na borda da mesa chamando a atenção de todos. O seu olhar se encontrou com o da Camila, a mesma a encarava confusa. Ivy ficou de frente para Camila e sem dizer nada perfurou o coração da mesma com a taça quebrada. Camila ficou paralisada, olhou para a taça e foi subindo para os olhos da Ivy. Ander, seu filho, tirou uma arma escondida na suacintura e tentou atirar em Ivy, porém ela foi mais rápida e com um golpe de defesa pessoal, tirou a arma do Ander e atirou na cabeça do mesmo. Marcos, seu marido, quis atirar nela, mas Ivy atirou primeiro no seu coração. Todos os Angeles estavam no chão, sem vida, tal como Ivy sempre quis. Porém tudo aquilo era apenas fruto da sua imaginação. Ivy apenas pegou na taça de champanhe e bebeu o líquido fitando os olhos doAnder, que segurava a sua taça fitando a mesma.
— O Ander merecia mais do que teve, ele merecia ser feliz mas eu o neguei isso. Eu nunca fui a mãe que ele queria que eu fosse, eu nunca cumpri nenhuma das promessas que o fiz e por minha culpa ele sofreu muito até ao dia da sua morte. Eu queria ter tido a oportunidade de pedir perdão, de dizer o quanto o amo e que queria consertar a nossa relação. Meu filho foi infeliz e injustiçado pela vida. – Camila respirou fundo enxugando as lágrimas e continuou. ─ Todos nós temos um número da sorte em que apostamos com a certeza da vitória e desde criança o número sete sempre foi o seu número da sorte e eu realmente espero que ele tenha apostado certo e que tudo seja diferente nas suas próximas sete vidas. Eu te amo muito filho e espero que onde quer que você esteja, você possa me perdoar. - Camila terminou o seu discurso, Eric entregou-a as cinzas e ela jogou no mar. Caetana também se culpava por nunca ter amado a Ivy do jeito certo, ela sempre fora muito dura com ela e eram contáveis as vezes
Ander flashback on: Eric e Ander ainda estavam na varanda conversando enquanto bebiam. — E se ela não tiver mentido quando disse que não te ama, o que você vai fazer? - Eric questionou. — Matá-la! - Ander falou sério e simplista, Eric encarou-o incrédulo. — Você está falando sério? — Eu nunca brinco quando se trata da Ivy. Se ela não pode ser só minha então, eu não vou deixar que ela seja de mais ninguém. Só eu tenho o direito de ser amado por ela e só eu tenho o direito de estar ao seu lado, eu prefiro vê-la morta do que com outro homem. — E o seu filho? — Se a Ivy se recusar a me amar então, eu vou matá-la, vou matar o nosso filho e depois me mato. - Ander falou sério fitando a sua taça. — Se não podemos ser felizes nessa vida então, seremos nas próximas sete. — Sete… o seu número da sorte. - Eric sabia que Ander estava falando sério e ele torcia para que ele não fosse obrigado a cometer tamanha estupidez por amor a uma mulher, um amor que se tornou na sua obsessão. Flashbac
Depois da sua fala mais nada fora dito, eles chegaram no parque e posicionaram-se, como o planejado, uma mulher idosa aproximou-se da Ivy pedindo-a ajuda para encontrar o seu suposto neto perdido, caindo a na armadilha Ivy ajudou-a. Sem que ela percebesse ela estava se afastando das outras pessoas, um dos homens do Eric fingiu estar passando ao acaso e a mulher idosa parou-o para perguntar sobre o seu neto. — Me desculpe senhor mas por acaso não viu o meu neto? Ele é um menino mais ou menos desta altura, cabelo loiro e cacheado, ele estava segurando um carinho vermelho. - A velha falou gesticulando, ele balançou a cabeça em negação. Sem que a Ivy percebesse o homem tirou um lenço com clorofórmio e cobriu o seu nariz, no mesmo instante a mulher arrancou o bebê dos braços dela, pelo pânico Ivy não conseguiu pensar em nada a não ser pegar o seu filho de volta. Ela debateu-se contra o homem mas acabou desmaiando. Ele carregou-a nos braços e a levou até ao carro onde Ander e Eric os esper
Neste momento Eric estava tentando acalmar Ander, o mesmo ainda não conseguia assimilar tudo o que acontecera nas últimas horas. Ele contou tudo para ele e era doloroso para Eric ver o seu melhor amigo naquele estado, eles sempre foram próximos e mais do que amigos eles eram irmãos, e Eric faria até o impossível para tirá-lo daquele lugar. — Ele a roubou de mim! Ele levou a minha esposa e o meu filho! Eu preciso sair daqui e ir buscá-los. - Ander falou tentando sair do quarto mas Eric segurou-o. — Ander calma, por favor. — Como você quer que eu fique calmo se aquele filho da puta levou a minha família? - Ander gritou frustrado. — Você não vai resolver nada agindo assim. - Eric tentou o tranquilizar. — Me escuta. - Ele segurou o seu rosto fazendo-o encará-lo. — Se você quiser recuperá-los você vai precisar sair daqui e para isso você deve aceitar o tratamento. — Eu não estou louco! - Ander falou calmo porém com raiva. — Eu sei que não, mas a única forma que eu tenho de te tirar da
— Seu filho da puta desgraçado! - Ander deferiu um soco contra Alex mas o mesmo não se importou. — Você perdeu Ander e eu ganhei. - Alex sorriu vitorioso, duas batidas foram ouvidas e Alex concedeu a entrada. — Senhores, este é o vosso paciente, levem-no! - Os enfermeiros aproximaram-se. — O que vocês estão fazendo? Me soltem! - Ander mandou se debatendo contra eles. — Ander, você precisa de ajuda e eu vou te dar essa ajuda. Você será internado em um hospital psiquiátrico mas não se preocupe, eu garanti que eles irão cuidar muito bem de você. - Ivy falou simplista, porém honesta. — Foi você que chamou eles? - Ander questionou incrédulo. — Sim, você é o pai do meu filho e isso eu não posso negar então, eu vou internar você em um hospital psiquiátrico para que possa melhorar. Eu disse para você Ander, eu não te odeio e apesar de tudo eu quero que você seja feliz porque você merece isso. - Ivy falou sincera. — Você está me deixando para ficar com ele? E o nosso filho? Ivy, eu sei qu
Ivy confessou tudo o que fez, o acidente, o aborto, a sabotagem do vinho, o machucado na mão, as drogas, o reaparecimento da Yunara, a prisão da Camila, o estupro, absolutamente tudo detalhe por detalhe e Ander estava incrédulo com tudo o que ouvira, para ele era difícil acreditar que a mulher que tanto amava mentiu-lhe e destruiu a sua família. O coração estava destruído, o seu mundo desmoronado tudo, mas apesar de ele não estar disponível adi-la de-la mãe. — É tudo culpa da Camila, você não me ama por culpa dela! - E mais derrubando uma das cadeiras. — Meu amor me escuta, vamos embora daqui, vamos esquecer tudo isso e recomeçar do zero, vamos nos casar e criar o nosso filho, juntos. - E mais implorando. — Eu sei que você odeia a minha mãe mas não vamos estragar a nossa felicidade, embora e formemos a nossa família longe de tudo e de todos, só eu e você. — Você ainda não entendeu Ander. Eu não te amo, sim, eu estou esperando um filho seu e acredita se dependesse de mim eu nunca o te
Último capítulo