Quando os lábios de Lucian tocaram seu pescoço, Ivy instintivamente recuou, mas sua fraqueza a impediu de resistir.
Por um breve momento, flashes do dia em que conhecera Lucian inundaram sua mente – aquele olhar frio e severo que a desafiava, o som baixo e rouco de sua voz, tão diferente de agora. Não havia traço daquele tom. Agora, havia apenas o calor exasperante que ele derramava sobre sua pele.
Uma onda estranha percorreu seu corpo – uma mistura de dor e uma leveza inesperada, quase etérea.
O calor de seus lábios contrastava com o frio que a paralisava, uma sensação tão estranha quanto o momento em si. Ivy sentiu o calor dele subir pela pele, algo íntimo e invasivo ao mesmo tempo. Era impossível definir se o que sentia era alívio ou desconforto.
Lucian manteve o contato firme, sua mandíbula tensa enquanto trabalhava para extrair o veneno. O som de sua respiração ofegante era o único som na sala, exceto pelo crepitar da lareira.
"Concentre-se", ele disse a si mesmo. Mas o peso