Eu nunca tinha ido a um restaurante.
Nunca tinha saído com outras fêmeas.
Nunca tinha vivido algo tão… simples.
E, Deusa, como aquilo fazia falta.
Elas me incluíam sem esforço — como se eu já fosse uma amiga antiga, como se fosse natural dividir comida, risadas, histórias e até silêncios.
Eu era parte delas.
Por um instante, a estranheza do mundo humano e a solidão da minha nova vida pareciam menos afiadas.
Depois que o bebê de Hailey finalmente se acalmou — dormindo no colo da mãe como se não tivesse acabado de rasgar o ar com um choro doído — voltamos a conversar.
Alguém contou uma piada, outra completou, outra exagerou… e de repente estávamos rindo alto demais, falando todas ao mesmo tempo, como se o almoço inteiro precisasse compensar os anos que eu passei calada na minha antiga vila.
Eu quase esqueci que era nova ali.
Quase esqueci que ainda estava aprendendo a existir.
Então lembrei do celular novo na minha mão.
Um objeto estranho demais, brilhante demais… que agora tinha só um