Endireitei-me, ajeitando o avental e tentando convocar um sorriso educado para o próximo cliente. Mas, quando meus olhos se fixaram na figura que acabava de entrar, o sorriso vacilou, quase sumindo por completo.
Por um momento, não reconheci quem era, mas algo nele me fez prender a respiração. A forma como se movia, como olhava ao redor com um ar de propriedade, como se medisse cada detalhe da floricultura… tudo parecia carregado de algo que eu não conseguia explicar. "Quem é você?" pensei, estudando seu rosto. Ele ajeitou o paletó com gestos deliberados, como se estivesse se preparando para um discurso. Então, de repente, minha memória conectou os pontos. Meu estômago deu um nó. — Não acredito! — murmurei para mim mesma, sentindo o rosto esquentar de irritação. Era ele. O mesmo homem que aparecia regularmente nos últimos meses, representando a Companhia de Construção Whitmore. Sempre com o mesmo objetivo: me convencer a vender a flo