— Greg, poderia avaliar a coluna da Helena? - Martha pediu, suavemente. Rafael a percebia, maternal. Gregory a obedeceu, como se obedeceria uma enfermeira.
— Você é enfermeira? - Rafael não se aguentava de curiosidade.
— Fisioterapeuta. - Martha respondeu, começava a fazer um café. - É da natureza da profissão saber cuidar. - Ela sorria, docemente.
— Como está Helena? - Ele perguntou, ansioso.
— Quer tomar um banho, mas as pernas não se firmam. Não encontrei lesão que explicasse isso, apenas posso afirmar que, se houver algo, é profundo e está na coluna, na parte abaixo da cintura. - Martha virou-se para ele, esperando a chaleira ferver a água. - Ela é forte, mas já sofreu mais do que devia para uma existência, Rafael. Ela precisa de sangue. - Martha voltava a afirmar. - E é ela quem tem que tomá-lo, enquanto não fizer isso, não haverá paz para nenhum de vocês.
— Ela precisa de uma transfusão? É isso que está me dizendo? - Rafael se sobressaltava.
— Não. Estou dizendo que ela