—Andiamo in guerra. — Katherine repetiu, com a voz cortante como lâmina. — Mas não vamos à toa. Vamos com a cabeça no lugar e fazer tudo bem-feito, Hugo. Não precisa ser sangue por sangue — disse ela, aproximando-se devagar, como quem costura um plano no silêncio.
Hugo engoliu o ar com dificuldade. O olhar azul, usualmente pronto para explodir, tremia por baixo da fúria.
Ele segurou a arma que Katherine lhe oferecera como se fosse uma extensão do próprio corpo. Por um instante, Cecília achou que ele cederia ao ímpeto; em seguida, surpreendeu-se com outra coisa: a concentração que lhe enchia os olhos.
—Eu não vim aqui para dar lições de honra. — Katherine murmurou, olhando para Enrico e Luigi. — Vim porque sei o que é ser usada, descartada, e porque sei o quanto vocês valem quando querem demais. Se vamos a guerra, vamos com inteligência. E com aliados.
Luigi riu baixo, sem humor.
— Aliados? Maxwell tem o exército do governo. O que temos são punhos e contatos sujos. Por acaso não pensou