Helena baixou os olhos, respondendo:
— Já não dói mais.
Bruno franziu as sobrancelhas:
— Não dói mais, então por que estava ajoelhada na rua chorando? Helena, na verdade você pode...
Helena respondeu com outra pergunta:
— Chorar nos seus braços? Bruno, seus braços estão muito apertados para mim.
Ele queria explicar, mas acabou desistindo.
Helena já não confiava mais nele, e tentar explicar parecia inútil. Além disso, ele realmente queria que ela vivesse de forma mais livre, como ele havia dito quando a pediu em casamento: “A minha Helena vai estar no topo da sociedade, admirada por todos.”
Eles conseguiram, se tornaram o casal mais poderoso da Cidade D, mas parecia que o casamento estava chegando ao fim, e Helena não queria mais ele.
O amor que existia antes havia se dissipado na decepção.
Depois de um longo silêncio, Bruno estendeu a mão e passou os dedos pelos cabelos de Helena, sussurrando:
— Vamos para casa.
...
A noite era encantadora.
Um Rolls-Royce Phantom preto parou suavemente