A apresentação terminou, o violinista saiu para receber aplausos, e Helena foi embora.
Ela caminhava sob as luzes de néon, pensando que tudo na vida também chegaria ao fim, assim como aconteceu entre ela e Bruno.
Por trás dela, alguém a chamou:
— Helena.
Ela lentamente se virou, exalando uma névoa branca que borrava a visão de ambos.
Em meio à neblina, apenas se ouvia a voz trêmula de Bruno:
— Você ainda me ama? Helena, você ainda pode me amar?
Helena, com uma expressão serena, respondeu:
— Não sei se ainda posso amar. Mas eu não vou mais te amar, Bruno.
“Bruno, amei você uma vez e isso esgotou todas as minhas forças.”
“Bruno, amei você uma vez e paguei um preço muito alto por isso.”
“Bruno, amei você uma vez e me tornei alguém que não sou mais.”
“Bruno, eu não posso mais te amar!”
A névoa branca se dissipou, e Helena viu os olhos vermelhos de Bruno.
No próximo momento, ela foi abraçada com força pelos braços dele.
Bruno não queria soltá-la, não queria o divórcio, ele a segurava e repe