Capítulo 459
À noite, um carro preto e reluzente entrou lentamente na propriedade. Eduardo havia bebido um pouco demais e, ao descer, estava cambaleante.

— Cuidado, Sr. Eduardo. — O motorista correu para ampará-lo.

— Não tem problema. — Respondeu ele, com um leve aceno.

Com o paletó sobre o braço, entrou pela porta. Ao trocar de sapatos, ficou imóvel por um instante. Sob a luz amarelada, Yasmin descia as escadas, provavelmente para beber água. Quando ouviu o som da porta, olhou para ele, e ele, para ela. Ambos pararam.

A voz dele saiu rouca:

— Está com sede? Espera um pouco, eu pego água para você.

Yasmin recusou:

— Não precisa, eu mesma pego.

Ela estava grávida e se movia com lentidão. Ela chegou até a copa, pegou um copo de vidro e o encheu de água morna. Bebeu metade e se deteve, porque ouviu passos atrás de si, e logo veio o som da porta sendo fechada levemente. O espaço pequeno agora continha apenas os dois, um homem e uma mulher sozinhos.

O copo deslizou dos dedos delicados e repousou sobre
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