À noite, um carro preto e reluzente entrou lentamente na propriedade. Eduardo havia bebido um pouco demais e, ao descer, estava cambaleante.
— Cuidado, Sr. Eduardo. — O motorista correu para ampará-lo.
— Não tem problema. — Respondeu ele, com um leve aceno.
Com o paletó sobre o braço, entrou pela porta. Ao trocar de sapatos, ficou imóvel por um instante. Sob a luz amarelada, Yasmin descia as escadas, provavelmente para beber água. Quando ouviu o som da porta, olhou para ele, e ele, para ela. Ambos pararam.
A voz dele saiu rouca:
— Está com sede? Espera um pouco, eu pego água para você.
Yasmin recusou:
— Não precisa, eu mesma pego.
Ela estava grávida e se movia com lentidão. Ela chegou até a copa, pegou um copo de vidro e o encheu de água morna. Bebeu metade e se deteve, porque ouviu passos atrás de si, e logo veio o som da porta sendo fechada levemente. O espaço pequeno agora continha apenas os dois, um homem e uma mulher sozinhos.
O copo deslizou dos dedos delicados e repousou sobre