Tomás pegou a vara de vime e a pesou na mão, era bem pesada. Se fosse realmente usá-la, daria trabalho, e sem suar, o castigo não teria efeito algum.
Mas Tomás sempre se considerou um homem refinado. Além disso, quem havia errado era o filho do irmão mais novo, então quem devia disciplinar o Eduardo não deveria ser Tomás. Que sentido faria ele, então, assumir o papel do malvado da história?
Disfarçando, ele recusou com elegância:
— Que tal pensar melhor? Jovens cometem erros, fazem tolices, é natural. Se ele reconhece e corrige, já é mérito suficiente.
Sendo irmãos de sangue, Vitor entendia muito bem o jeito do caçula. Ele também não insistiu, apenas arregaçou as mangas e foi direto ao assunto.
Vitor levantou a vara e desferiu um golpe pesado contra Eduardo. Teimoso como sempre, Eduardo havia tirado o paletó e ficado apenas com a camisa branca impecável.
O primeiro golpe não chegou a abrir a pele, mas o som abafado que ele soltou denunciava a dor. Vitor soltou um riso frio e continuou,