Na manhã seguinte, o ar de inverno estava frio e rarefeito. Perto do Carnaval, os empregados da família Lima iam e vinham preparando o banquete e os enfeites festivos. Haviam carros entrando e saindo, o pátio cheio de movimento.
Mas, no meio daquela agitação, havia um homem solitário. Eduardo estava no terraço do segundo andar, todo de preto. Era elegante e bonito, com aquele ar distinto herdado da família Lima, mas o olhar carregava uma melancolia profunda, não parecia alguém prestes a celebrar nem a casar.
Harley, ao vê-lo da janela, chamou Estella, que passava apressada:
— O que há com o Eduardo? Essa cara de tristeza toda! Já é quase Carnaval, a Jéssica já deve estar de férias, né? Por que ele não traz a menina para passar o feriado com ele?
Estella suspirou:
— Eu bem queria. Mas ele disse que, agora que Yasmin se casou, não é mais tão conveniente. Será que eu perdi minha neta? E com a Katrina sem poder ter filhos... A linhagem do Vitor vai acabar sem um descendente sequer. Toda no