Os olhos do homem eram profundos, como tinta negra. Depois de um instante, ele a soltou suavemente, dizendo com a voz calma:
— Nada de mais! Só senti, de repente, que homens e mulheres deviam manter distância.
Helena murmurou:
— Mas somos marido e mulher.
Bruno não disse mais nada e se deitou, deixando que ela cuidasse da sua higiene.
Quando terminou, Helena ajustou a calça dele e foi para o banheiro. Atrás dela, o olhar do homem era indecifrável.
Quando ela voltou para o quarto, viu que a coberta ao lado dele estava parcialmente levantada. Ela se aproximou para arrumá-la, mas ele segurou seu punho delicado, dizendo com a voz baixa e rouca:
— Hoje à noite, vamos dormir juntos.
Helena não entendeu o que ele queria dizer.
Bruno continuou com voz rouca:
— Não somos marido e mulher?
Ela não recusou mais, apenas sorriu levemente e falou:
— Vou tomar um banho.
Helena demorou cerca de meia hora no banho, com certa intenção de prolongar o tempo, esperando que, ao sair, o homem já estivesse dor