Depois que Helena se foi, Bruno foi a um lugar.
O terraço do Edifício Coolidge.
O vento da noite soprava forte, levantando os casacos negros de dois homens, como se fossem águias negras prestes a se lançar na caça. O clima entre eles estava tenso, sem que fosse possível dizer quem ganharia a disputa.
Bruno, de costas para o vento, acendeu um cigarro e deu uma tragada profunda. Seu rosto magro, ainda mais marcado pela força do gesto, fazia seus traços parecerem mais intensos e profundos, aumentando a sua imponência.
Depois de fumar metade do cigarro, Bruno olhou para Manuel e, com a voz gélida, disse:
— Cancelaremos a parceria. E, sobre o processo de divórcio com a Helena, não será mais necessário seguir com ele por enquanto. Se algum dia eu precisar, outro advogado irá cuidar disso...
Manuel, surpreso, perguntou:
— Por quê?
Bruno atirou o resto do cigarro no chão e o apagou com a sola do sapato. Seu tom de voz ficou ainda mais frio e cortante.
— Manuel, você me pergunta o por quê?
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