A mulher amada, macia e delicada, colada ao seu peito... Como Bruno poderia não se comover?
Mas ele não podia ceder. Com voz suave, acalmou Helena, lembrando-a de que Gonçalo ainda tinha tempo, que ela acabava de passar pelo procedimento de fertilização in vitro, e que seu corpo não estava pronto para intimidade.
Helena foi se acalmando aos poucos.
O sol poente laranja refletia nas vidraças, como chamas lambendo o vidro. No quarto, a luz quente tingia tudo, como um vitral âmbar, envolvendo o casal.
Helena não se afastou, seus braços ainda envolviam o pescoço dele.
Na verdade, ela estava com medo. Sendo uma mãe, como poderia não ter medo?
Depois de anos de casamento, Bruno a conhecia bem, ele percebeu que Helena havia chorado. Segurando seu corpo, suas mãos deslizando suavemente pelas costas, ele a acalmava com ternura:
— Estou aqui, o Gonçalo vai ficar bem.
Helena ergueu a cabeça e olhou para ele.
Naquele momento, ela estava completamente submissa, na primeira intimidade deles depois d