Eram memórias demais.

O piano ali presente também era um que ele já havia tocado.

Bruno levantou a tampa do piano, se sentou e começou a tocar uma melodia familiar com uma das mãos. As lembranças ecoavam pelo restaurante, persistindo no ar, enquanto uma lágrima emocionada surgia no canto de seu olho.

Helena era seu maior arrependimento, alguém gravado em seu coração, a pessoa que ele jamais poderia esquecer.

Um amor inesquecível para toda a vida!

Larissa, sentada à mesa, olhava para o homem que a fazia suspirar, mas seu olhar foi ficando cada vez mais apagado.

Ela amava Bruno, e achava que, com esforço e dedicação, poderia conquistar ao menos um pouco do amor dele. Mas o homem à sua frente só demonstrava saudade da ex-esposa, ele nem sequer tentava esconder seus sentimentos, e parecia que nem queria.

Larissa não queria mais se rebaixar, estava cansada.

Ela pegou um guardanapo, limpou o rímel borrado e, com a voz embargada, disse ao homem elegante:

— Bruno, eu não quero mais me casar co