Helena não queria enfrentá-lo e, como desculpa, foi até o banheiro.
Encostada na parede, ela ficou em silêncio, perdida em seus próprios pensamentos, esperando que Bruno tivesse a sensatez de ir embora.
Cerca de dez minutos depois, a porta do banheiro se abriu, e uma luz branca e suave se infiltrou pela fresta da porta, seguida pela entrada de Bruno.
No espaço sombrio, estavam apenas os dois.
Helena não o olhou, se recusando a estabelecer qualquer comunicação.
Bruno se aproximou dela, sua silhueta alta a envolveu, e ele estendeu a mão, tocando levemente seu rosto. Sua voz, rouca e suave, soou como um sussurro:
— Ainda dói?
Helena virou bruscamente o rosto para o lado.
Ela detestava o toque dele, deixando isso claro de maneira incontestável.
Mas Bruno nunca foi um homem que desistia facilmente. Seu corpo se posicionou entre ela e a parede, enquanto uma de suas mãos segurava suavemente seu queixo, acariciando seu rosto com um gesto de grande afeto, mas, para Helena, aquilo tudo não passa