Anny Celik
A luz da manhã invadia a sala, revelando o caos ao nosso redor. Minhas roupas estavam espalhadas pelo chão, um lembrete gritante da intensidade do que havia acontecido. Suspirei, tentando recompor meus pensamentos, mas era impossível ignorar a presença dele ao meu lado, seus olhos me observando como se eu fosse a única coisa que importava naquele momento.
— Eu preciso trabalhar, Miguel. — Minha voz saiu suave, mas firme.
Ele me olhou com aquela mistura de autoridade e desejo que sempre me fazia estremecer. Mesmo assim, ele se afastou um pouco, permitindo que eu me levantasse. Enquanto pegava minhas roupas e as vestia apressadamente, senti seu olhar me acompanhando.
— Não acha que poderia tirar o dia de folga? — ele provocou, cruzando os braços enquanto me observava.
— Nem pense nisso — respondi, olhando por cima do ombro. — Tenho pessoas esperando por mim.
Ele riu baixo, aquele som grave que sempre fazia meu coração acelerar, mas se levantou e começou a se vesti