Tom
O cheiro da prisão é sempre o mesmo. Mofo, desespero e um toque azedo de suor impregnado nas paredes cinzentas. Caminho pelos corredores com o uniforme de um policial da solitária, as botas pesadas ecoando em cada passo que dou. Os outros guardas mal olham para mim, apenas um aceno breve, como se eu fosse apenas mais um deles.
Amber está ali. Trancafiada como um animal selvagem, exatamente onde deveria estar. Mas isso não me traz satisfação. Não ainda.
Eu seguro a bandeja de café da manhã ,um pedaço seco de pão e um copo de café morno, e paro diante da cela dela. O ranger da porta ao ser aberta expõe no silêncio sufocante.
Amber está sentada no canto, as pernas cruzadas, a cabeça jogada para trás, encarando o teto como se tudo fosse um grande tédio para ela. O cabelo desgrenhado cai sobre o rosto, mas quando me vê, seus lábios se curvam em um sorriso lento, venenoso.
— Finalmente um rosto novo. — A voz dela é rouca, sarcástica. — O que houve? Meus pedidos de café com