Dimitri Carter
O gosto do vinho ainda queimava na minha garganta. A garrafa estava vazia sobre a mesa, e a cabeça pesava como se meu próprio corpo estivesse afundando em um nevoeiro denso. Eu havia esperado tempo demais. Horas, para ser exato.
Isabella não voltou ao quarto.
Levantei-me do sofá, senti um leve desequilíbrio ao caminhar, saí do quarto e fui até o elevador. Os corredores do hotel estavam silenciosos, com apenas algumas luzes de emergência iluminando o carpete escuro. Apertei o botão e encostei-me na parede, sentindo a frustração crescer.
Ela me deixou esperando.
O elevador chegou ao térreo, e eu me dirigi até a recepção, determinado a chamar um táxi. Mas, antes que eu pudesse pedir, um dos funcionários se aproximou com um olhar hesitante.
— Senhor Dimitri? Aconteceu algo? A senhorita Isabella o encontrou?
Minhas sobrancelhas franziram.
— Não. Ela não voltou ao quarto. Vou para casa.
O homem piscou, confuso.
— Mas… senhor, ela foi para o quarto ao lado do