Isabella Duarte RicciAurora me abraçou e eu senti um peso enorme, ela não sabia o que havia acontecido na noite anterior, enquanto eu sabia mais do que eu queria, ou desejava.—Feliz aniversário Aurora—disse e logo olhei para minha mãe.Jason poderia se considerar um homem morto, eu não sabia até que ponto ele estava envolvido nisso, e por qual motivo, mas só pelo fato de ter deixado a minha irmã ficar bêbada e também naquele mesmo hotel, algo me dizia que ele tinha feito tudo com a certeza do que queria, mas eu não era pura e não tinha inocência, o que fez ele ser idiota o suficiente para achar que eu não o culparia, mas eu cuidaria dele no dia seguinte, hoje eu não estava desejando sequer vê-lo na minha frente.A minha mãe me conhecia só com o olhar, ela então veio até mim e sabia que eu precisava conversar com ela. O silêncio do corredor me envolvia enquanto caminhava ao lado da minha mãe. A cada passo, meu coração batia mais forte, como se soubesse que aquela conversa definiria
Isabella Duarte Ricci Após alguns minutos ainda com meus pensamentos voltados para a noite anterior, decidi tomar um banho, assim que entrei no chuveiro, como a água que descia e percorria meu corpo, minhas lágrimas desciam pela minha face, eu quis gritar, quis até não ter conhecido o Dimitri, para eu não ter que escolher mentir e esconder a verdade para a Aurora, mas eu não podia mudar o passado, e eu tinha que enfrentar o presente e o que o futuro me reservaria. Assim que sai do banho, me vesti e deitei na cama, eu apenas deitei e fechei os olhos, me forçando a dormir e logo meus pensamentos voltaram para a noite passada e cada toque e beijo do Dimitri, todo o prazer que ele me fez sentir. Acordei, era perto das três da tarde, desci para almoçar e em seguida a Luara me informou que o Jason estava no escritório, me esperando, para conversar comigo. —O que ele quer? —Parece que tem a ver com o presente que você pediu que ele preparasse para Aurora.—Disse Luara.O escritóri
Isabella Duarte Ricci Assim que cheguei em casa, me preparei psicologicamente, emocionalmente e fisicamente para o jantar, após estar totalmente pronta, ao menos fisicamente. Entrei no meu carro e comecei a dirigir, à noite, a Itália sempre me trazia uma sensação de liberdade. As ruas iluminadas, o brilho dos faróis refletindo no asfalto e o vento batendo no meu rosto enquanto eu acelerava. Mas, desta vez, minha mente estava longe. A conversa que tive com minha mãe ainda ecoava dentro de mim. Suas palavras eram um alerta silencioso, um aviso de que qualquer escolha que eu fizesse teria consequências que poderiam me perseguir para sempre. Escolher a verdade e perder Dimitri. Ou escolher Dimitri e esconder a verdade, apesar de saber o que eu realmente queria, ainda parecia estar em dúvida. Apertei os dedos contra o volante, sentindo minha respiração pesar. Eu sabia o que deveria fazer, mas quando se tratava dele, do que eu sentia, do que queria, minha racionalidade se dissolvia
Isabella Duarte Ricci A noite estava quente, e meu corpo também. A cada quilômetro percorrido até a mansão de Dimitri, minha respiração se tornava mais pesada, e minha pele ardia de expectativa. Eu sabia o que me esperava e o desejo pulsava em cada fibra do meu ser. Ao chegar, um dos seguranças me recebeu sem dizer uma palavra, apenas acenando com a cabeça antes de me conduzir até o quarto dele. O silêncio do corredor era quebrado apenas pelo eco dos meus saltos no chão de mármore. Quando paramos diante da porta imponente, o segurança me olhou rapidamente antes de se afastar, me deixando sozinha. Engoli em seco e, sem hesitar, girei a maçaneta. A cena que me recebeu fez meu coração parar por um segundo. Dimitri estava deitado na cama imensa, nu, seu corpo esculpido à perfeição coberto apenas por uma fina camada de chantilly. O contraste do creme branco contra sua pele quente e bronzeada era um convite ao pecado. Ele estava apoiado sobre um dos cotovelos, me observando com aqu
Isabella Duarte Ricci A luz suave da manhã atravessava as cortinas do quarto, desenhando sombras delicadas na parede. Pisquei algumas vezes, sentindo meu corpo relaxado e ainda marcado pelos vestígios da noite anterior. O calor ao meu lado na cama indicava que Dimitri ainda estava ali. Virei a cabeça devagar e o encontrei deitado ao meu lado, os lençóis caindo suavemente sobre sua cintura. Seu rosto sereno, as sobrancelhas levemente franzidas como se estivesse sonhando. Ele parecia mais jovem assim, sem aquele ar arrogante e predador que exibia quando estava acordado. Mas, como se sentisse meu olhar sobre ele, Dimitri abriu os olhos lentamente e me encarou com um sorriso preguiçoso. — Bom dia, insaciável. —disse ele me olhando. Revirei os olhos, mas um sorriso brincou em meus lábios. — Bom dia! Quais são seus planos para hoje? — perguntei, apoiando a cabeça na mão enquanto o observava. Ele se espreguiçou, os músculos de seu corpo se contraindo sob a pele dourada an
Dimitri Carter Eu parei, encarando-o com um sorriso arrogante. Derick estava sendo sincero, pronto para desafiar minha autoridade, mas dessa vez algo nele parecia mais intenso, mais carregado de raiva do que o normal. Ele era um dos poucos que ainda ousavam questionar minhas ações, mas nunca o levaria a sério. Ou pelo menos era o que eu pensava até aquele momento. — O que você está dizendo, irmão? Não tem nada de errado no que aconteceu — retruquei, com um tom desdenhoso. — Isabella vai voltar, você sabe disso. Eu sempre sei como as coisas funcionam. Derick avançou alguns passos em minha direção, o rosto tenso, como se o que eu tivesse dito fosse a gota d'água. — Você acha que ela vai voltar? Sério mesmo? — Ele bufou, a voz mais baixa agora, mas ainda assim cheia de incredulidade. — Não percebeu o que acabou de fazer? Você acabou de perder ela de vez, Dimitri. Eu dei uma risada curta, sem humor, e dei de ombros. Derick sempre tinha uma visão diferente da minha sobre tudo. E,
Dimitri Carter Fazia tempo que eu não perdia o controle. Muito tempo. Mas Isabella tinha conseguido entrar na minha mente e, pior, não saía dela. As semanas passaram como um borrão. Nos primeiros dias, olhei para o celular mais vezes do que gostaria de admitir. Nenhuma ligação. Nenhuma mensagem. Nenhum sinal de vida. Era isso o que eu queria, apesar de esperar que ela aparecesse, ou surgisse para me surpreender.Mas então um mês se passou, e eu ainda pensava nela. Na forma como falava, na forma como olhava para mim como se enxergasse além de quem eu era. Como se visse algo dentro de mim que ninguém jamais tinha visto, e no sexo, ela tinha sido a melhor, mesmo após eu ter estado com todas minhas submissas, pois ela era única e ela sabia disso, mas eu não iria ceder, pois acima da minha vontade, estava meu auto controle.Eu deveria estar satisfeito. Fui claro com ela. Disse que era melhor assim. E, pelo visto, ela entendeu muito bem. As noites eram preenchidas com corpos que não
Isabella Duarte Ricci Três meses, sem ouvir o nome dele, sem sentir sua presença, sem que ele sequer tentasse me procurar. No início, foi difícil. Eu ficava me perguntando se ele sequer havia sentido minha falta, se em algum momento pensou em mim. Mas o silêncio de Dimitri foi a resposta que eu precisava para seguir em frente. E agora, aqui estava eu, sentada na maca de um consultório médico, sentindo meu coração acelerar enquanto o médico analisava meus exames com atenção. — Isabella… — ele começou, ajeitando os óculos no rosto. — Seu exame de sangue confirma o que os sintomas já indicavam. Você está grávida. Grávida. A palavra ecoou em minha mente como um trovão. Engoli em seco, sentindo um choque percorrer meu corpo. Minha boca se abriu, mas nenhuma palavra saiu. — Eu… estou grávida? — minha voz saiu mais baixa do que eu esperava. O médico sorriu. — Sim. Você está de aproximadamente doze semanas. Está saudável e o bebê também. Eu não sabia o que sentir. Era uma av