— Bom dia! Bom dia!
— Bom dia, senhora Catarina! Como está?
— Vou bem... e você, meu amor? — disse, sorrindo para um dos seguranças do shopping.
— Estou bem, sim!
Catarina entrou no shopping como se desfilasse numa passarela. Agia como se fosse dona do lugar e conhecia todos — desde lojistas até os funcionários da limpeza. Era educada, bonita e muito elegante. Usava um vestido vermelho justo, salto alto preto e óculos escuros, que completavam seu ar de superioridade.
— Ah, obrigada por segurar a porta — disse rindo para um dos funcionários.
— Imagina, senhorita.
— Onde você trabalha, meu bem?
— Ah, eu sou novo aqui... comecei agora no setor administrativo do shopping.
— Ah, que coisa boa, né? Você vai ter muito sucesso, eu vejo isso só de olhar pra você. Se segura a porta pra uma dama, então com certeza é um cavalheiro. E cavalheiros merecem sucesso, né não?
— A-ah... s-sim, sim, senhora! Muito obrigado, agradeço de verdade!
— E a senhorita, quem seria?
— Ah, eu? Sou a dona d