A pulseira ainda estava intacta, com suas pedras azuis milagrosamente intocadas pelas chamas.
Não era qualquer pulseira: sua falecida mãe a colocara em meu pulso, pessoalmente, logo depois da cerimônia de acasalamento.
Era a relíquia da família, transmitida ao longo das gerações de Lunas,
uma peça única no mundo, insubstituível em todos os sentidos.
— Haha...
De repente, ele riu, mas o som quebrado foi tão perturbador que Neil chegou a estremecer.
Logo depois, estendeu a mão, segurando aquela mão enegrecida e entrelaçando os dedos aos ossos calcinados.
— Scarlett, vamos esquecer aquele maldito acordo, está bem?
A voz dele soou casual, como se falasse com alguém ainda vivo.
— Ah... Sim, sim. Vou rasgá-lo agora mesmo.
— Deixa eu te contar um segredo.
Aproximou-se do cadáver, sussurrando como uma criança culpada.
— Aquela Celeste... Eu só dormi com ela porque fiquei bêbado durante os negócios da alcateia no território da Lua Prateada.
— Era para ter sido só um erro de uma noite. Nada além