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A Segunda Lua Dela

A Segunda Lua DelaPT

Cuento corto · Cuentos Cortos
Apple Cider  Completo
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Resumen
Índice

Depois que sua companheira destinada morreu, o Alfa Killian Thorne passou dez anos tendo ressentimentos a meu respeito. Eu era a ômega curandeira que ele nunca escolheu, ligada a ele por dever, não por amor. Uma substituta. Uma cicatriz em um vínculo que nenhum de nós pediu. Por mais que eu curasse suas feridas, por mais silenciosa que eu permanecesse ao seu lado, tudo o que ele dizia era: — Se você realmente quer me agradar, Clara… então desapareça. Mas quando a morte chegou, não fui eu quem caiu. Foi ele. Sangrando em meus braços, Killian me olhou uma última vez e sussurrou: — Se ao menos eu nunca tivesse te conhecido… No funeral, sua mãe chorou: — Ele devia ter ficado com Selena. Eu nunca devia ter deixado que ele se unisse a você. O olhar de seu pai me atravessou. — Killian te salvou três vezes. Por que não foi você naquele túmulo? Todos se arrependeram de ele ter se ligado a mim. Eu também. Fui expulsa da alcateia sem nada. Sem título, sem compensação de Luna, sem um lar para chamar de meu. E então… talvez a Deusa da Lua tenha tido piedade de mim. Ela me deu uma última chance de reescrever o destino. Desta vez, não vou implorar pelo amor dele. Desta vez, não vou prendê-lo à dor. Desta vez, vou romper o vínculo antes que ele comece. Eu já podia ouvir as engrenagens do destino girando, e desta vez, eu me moveria primeiro.

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Capítulo 1

Capítulo 1

Uma luz ofuscante irrompeu das mãos da Deusa da Lua.

Fechei os olhos com força, mas a voz de Killian Thorne atravessou o brilho como uma lâmina.

— Meus pais ameaçaram morrer se eu não me unisse a você. Clara, você é realmente algo. Mas mesmo que completemos o vínculo; o que acha que vai ganhar com isso? Acha mesmo que seremos felizes?

Abri os olhos de repente.

E lá estava ele: Killian, Alfa da Alcateia Thorne, vivo e respirando, parado bem à minha frente.

Parecia mais jovem do que eu me lembrava. Menos endurecido. Mas o desdém em seu olhar permanecia o mesmo.

Minha garganta se apertou, mas reprimi o soluço.

A Deusa da Lua realmente havia atendido ao meu pedido. Ela me enviara de volta.

Não ao dia em que nos conhecemos, mas ao dia em que deveríamos completar nosso vínculo. Dez anos atrás.

Graças às estrelas. Ainda havia tempo.

Olhei para ele, gravando cada traço seu como uma loba faminta. Eu havia implorado à Lua por essa chance.

Não para conquistá-lo, mas para libertá-lo.

— Killian, você não quer se unir a mim porque a pessoa que você realmente ama… é Selena, não é?

Seu sorriso vacilou. O maxilar se contraiu.

— E se for? — Disse friamente. — Já estamos diante do Registro do Conselho de Vínculos. E agora? Acha que ainda pode desistir?

Assenti.

— Acho que sim.

Ele riu, amargo.

— Não tenho tempo para joguinhos. Apenas assine o maldito contrato. Estarei lá fora.

Virou-se e saiu andando.

A dor floresceu em meu peito. Mas eu já havia sentido pior, num futuro em que ele morria por minha causa.

Em ambas as vidas, eu o amara profundamente.

Ele me salvara três vezes, e eu acreditara ingenuamente que isso significava algo.

Até mesmo seus pais acreditavam.

"O coração de Killian é duro por fora, mas macio por dentro".

Me disseram certa vez.

"Se ele não se importasse, por que arriscaria a vida por você?"

E eu acreditei neles. Entrei em nosso vínculo com uma frágil esperança.

Então Selena morreu, e tudo mudou.

O Alfa que antes me protegia passou a me olhar como se eu fosse quem a havia enterrado.

Suas últimas palavras antes de morrer por mim ainda ecoavam:

"Se ao menos eu nunca tivesse te conhecido."

Dizem que a Deusa da Lua raramente interfere no destino dos lobos.

Mas naquela noite, sob uma lua de sangue e um céu dividido pelo silêncio, quando a dor esvaziava meu peito e nada me restava além do arrependimento.

Ela veio.

Sem palavras.

Apenas luz.

Um brilho prateado formou-se em suas mãos e fluiu para as minhas.

Quente, pulsante, antigo.

A Chave do Tempo da Lua.

Ela cintilava com um poder que eu não podia compreender, apenas sentir.

No momento em que meus dedos se fecharam ao redor dela, o mundo prendeu a respiração.

Antes do amanhecer, subi pela trilha da montanha até o templo esquecido.

A velha sacerdotisa já me esperava.

Seus olhos enevoados pela idade e pela luz da lua penetraram em mim.

— Antes de girar a chave — disse ela —, deve compreender o preço.

Nada respondi.

Eu já havia perdido tudo.

Ela tomou minha mão. Sua voz era apenas um sussurro:

— Se deseja romper o vínculo de alma sem recorrer à morte… Deve cumprir os três arrependimentos mais profundos dele.

Suas palavras caíram sobre mim como pedras afundando em águas escuras e profundas.

— Só então — acrescentou — o destino permitirá que você seja livre.

Mas, quando seus dedos soltaram os meus, ela continuou dizendo, tão baixo que quase não ouvi:

— A Lua nunca concede nada sem equilíbrio, criança.

O que ela dá… um dia pode tomar de volta.

E assim, sem nada além de uma prece nos pulmões, girei a chave.
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