RICKY
Dei três batidas na porta. Aqueles dois sempre atrasam para se arrumar. Esquecem-se da vida transando e o mundo que espere.
— Entra aí, Ricky! — Tânia abriu a porta ainda ajeitando o sutiã. Intimidade é uma merda.
— Posso entrar, Carlinhos? Não quero ver você pelado.
— Não vai encontrar nada que você não tenha, parça. — debochou.
— Verdade, tenho mesmo. Mas, claro, tudo bem maior.
— Meninos sempre com seus brinquedinhos e comparações de tamanho, que infantilidade! — Tânia jogou uma almofada, acertando bem no meio do meu peito.
Sentei no sofá e fiquei observando aqueles dois, um passando hidratante nas costas do outro. Se eu já não os conhecesse tão bem seria um bom motivo para me mandar de lá, pois o erotismo perdia de longe naquela cena. Par