Capítulo 6
Ultimamente, meus momentos de lucidez tornaram-se cada vez mais curtos; na maior parte do tempo, eu adormecia confusa, aninhada nos braços da mamãe.

Quando, por acaso, eu acordava, via Clyde agindo como um louco, conversando com o ar.

Logo depois, ele chorava, depois ria.

Os vizinhos do lado pensavam que ele havia enlouquecido de verdade e, assustados, ligaram para a polícia várias vezes.

No sétimo dia em que se escondeu em casa,

Kelly apareceu.

Ela olhou para Clyde e disse, com voz frágil:

— Estes dias liguei para você, mas você não atendeu. Você esteve em casa todo esse tempo?

Clyde não lhe respondeu, apenas continuou em silêncio com o que estava fazendo.

Kelly correu até ele e o abraçou.

— Clyde, o que você quer afinal? Você já se reconciliou com a Vanessa? Mas você me prometeu que ficaria comigo até eu me recuperar.

Clyde a afastou.

— Eu e ela jamais poderíamos reatar.

Kelly ficou atônita.

— Então, por que você está aqui? O médico disse que eu preciso do transplante de medula o mai
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