KARAH LANG
Abri os meus olhos e tive dificuldade em mantê-los abertos; uma claridade excessiva me incomodou. Pisquei algumas vezes e ao notar o quarto estranho, branco, muito branco, tentei levantar-me.
— Você finalmente acordou, minha querida — uma voz doce soou ao meu lado.
Ainda com a consciência entorpecida pelo sono, não prestei muita atenção em quem estava falando.
— Eu… acho que sim — respondi, esfregando os olhos na tentativa de melhorar minha visão. — Onde eu estou?
A minha pergunta soou baixa, enquanto eu tentava processar a cena ao meu redor.
— Você está no hospital.
— Por quê?
— Você perdeu a consciência, nós ficamos assustados… — enquanto ela respondia, as imagens foram tomando forma na minha mente.
Eu havia acabado de sair da casa do senhor Afonso e me encontrei com o Oliver. Nós discutimos e eu não me lembro de mais nada. Isso significa que… foi ele quem me trouxe ao hospital?
O que ele vai pensar agora, que eu criei essa cena para me aproxima