Refleti muito depois que voltei para o meu apartamento, após a conversa com o embuste. Ele conseguiu quebrar a porra da muralha que levei dois anos para construir ao redor do meu peito e agora, a dor parece dilacerante.
A saudade me nocauteou e sinto totalmente minhas forças indo embora, meu esforço, minha força de vontade evaporando e o medo é paralisante. Não quero deixar esse sentimento me tomar de novo, porque, ainda guardo comigo tudo o que senti quando criei coragem para expor tudo a ela. Compreendo agora que ela foi envenenada da pior forma possível, mas isso não anula a dor que me corrói até hoje e que eu luto bravamente para esconder.
Sinto-me como um animal enjaulado dentro do meu próprio espaço e pela primeira vez desde que voltei, entro no cômodo proibido. Seu cheiro ainda está impregnado no ambiente, embora começando a ficar camuflado por conta da poeira e pelo tempo que ficou tudo fechado, suas coisas ainda estão no mesmo lugar, a parede de vidro me mostra a vida seguind