capítulo 5: Nova vida

Lilly

Acordo com um barulho vindo do meu lado esquerdo, abro os olhos e desligo o despertador com sono. Olho para meu novo quarto e não posso deixar de sentir uma tristeza enorme; não queria ficar longe de minha mãe, ela era a única pessoa que tinha e que me amava e agora não tinha mais ninguém.

Vagando pelo quarto começo a vasculhar ao redor. Vejo tem um banheiro e um closet anexados, muito maiores e mais equipados do que meu antigo quarto. Depois de tomar um banho, olho a coleção de roupas penduradas no closet; isso me mostra que o Senhor Fox já tinha tudo arrumado para minha chegada. Eu não vir para cá, não era uma opção.

Desço as escadas cuidadosamente, tentando não chamar a atenção. Observo e ouço barulho de risadas e conversas vindo da minha esquerda. Entro pelo batente da porta e o silêncio reina, como se minha presença realmente fosse indesejada naquela casa.

Todos os olhos estavam focados em mim. Me deixando desconcertada.

— Sente-se para tomar seu café, você sai em vinte minutos — diz o Senhor Fox tomando sua xícara de café.

Ando delicadamente e me sento em um dos lugares vagos na grande mesa de jantar, o que não me deixava à vontade, porque os olhos de Austin estão fixos em mim e ele não me olha de uma forma nada amigável, eu tinha o provocado e agora estava em sua casa seu território.

A última coisa que imaginei era morar nessa casa e com esses homens. Tento não olhar para nenhum deles e presto atenção em meu café da manhã, pegando um pouco de ovos mexidos, torrada e mamão.

— Então, senhorita Miller, gostou do seu novo quarto? — pergunta o Senhor Fox.

Penso em ignorar sua pergunta, mas me lembro do seu recado de ontem à noite no carro.Então, respondo, e essa era a hora perfeita para tentar descobrir qual será o meu destino.

— Sim, é bonito, Senhor Fox. Por que estou aqui? — Quando digo essas palavras, Austin, meu diretor e outro homem me olham e, depois de um tempo, começam a se olhar entre si. Mas instantaneamente todos nós olhamos para a direção do Senhor Fox.

— Eu não preciso explicar já que você mesma já sabe o motivo.

O choque e o tom de suas palavras atingem meu cérebro e coração rapidamente. Não tinha motivo; eu era apenas um objeto. Um fantoche que ele podia brincar e manipular sempre que quisesse, e ninguém poderia fazer nada eu pertencia a ele.

Afasto meu prato e encarando o centro de mesa enquanto espero todos terminarem o café, mas minha atenção é voltada para eles novamente quando o Senhor Fox diz que irei junto com Austin e meu diretor para a escola.

— Não precisa, eu vou de ônibus! — digo rapidamente, e o homem sentado quase perto de mim abre um sorriso sarcástico enquanto toma sua xícara de café.

— Eu não vou chegar com ela na universidade Aiden — retruca Austin, batendo os punhos na mesa que me dá um leve susto.

Permaneço imóvel em meu lugar quando a voz do Senhor Fox chega aos meus ouvidos de forma sombria.

— Eu já disse e não vou repetir novamente. Se não gosta da forma como gerencio nossa família, então dê o fora, Austin.Tenho certeza de que será um estorvo a menos para ter que lidar.

Olho para Austin e sua expressão é de fúria, mas ele apenas vira e diz:

— Espero vocês dois dentro do carro. — E sai pisando duro, se ele que era irmão era tratado dessa maneira, como seria minha estádia nessa casa principalmente sabendo que teria que me casar com ele.

Quando todos se levantam da mesa, me levanto e tomo coragem para chamar Aiden.

— Senhor Fox! — Ele para de caminhar e vira em minha direção guardando o celular dentro do bolso do paletó.

— Sim, senhorita Lilly.

— Quando poderei ver minha mãe novamente? Eu pergunto e ele caminha lentamente em minha direção com as mãos dentro do bolso da calça, parando em minha frente e olhando bem em meus olhos.

— Sua mãe não faz mais parte de sua vida, Lilly, e quanto antes começar a aceitar isso, será melhor. Você pertence a mim agora esqueça qualquer coisa que tenha haver com seu passado.

Ele olha firmemente em meus olhos, mas desfaço o contato visual. Meus olhos ficam turvos. Passo por ele e sigo em direção à porta de entrada. Ao sair, encontrei um carro preto em minha frente; Austin e o diretor Adam estão lá dentro. Abro a porta e me sento no banco de trás em silêncio. Não queria conversar com nenhum deles, tudo o que queria era minha vida e minha liberdade de volta.

Olho para o retrovisor do carro e os olhos azuis de Adam estão me observando; ele não desvia o contato visual e dá partida no carro. Estamos quase na metade do caminho quando ele quebra o silêncio no carro.

— Adam!

Olho para ele sem entender.

— Meu nome é Adam. Se vou ser obrigado a conviver com você em minha casa, quero que pelo menos me chame pelo meu nome e não de senhor Fox como o Aiden — Aceno com a cabeça positivamente, concordando.

Assim que Adam estaciona o carro, desço e todos os olhos estão sobre nós três: Austin, Adam e eu. Consigo ouvir plenamente os cochichos dos alunos sobre "a novata vindo com o diretor Adam e o Austin" ou "sobre como a Sofia iria pirar quando visse eu junto com Austin".

Tento ignorar todos os olhares, seguindo direto para o meu armário. Abro-o e começo a mexer em meus livros, mas me assusto com um soco no armário ao lado.

— Não pense que porque você está morando em minha casa, você vai fazer parte da nossa família. Austin diz ignorando os olhares para nós dois.

— Fique sabendo que também não estou feliz com isso. Eu o respondo, quando sua namorada passa os braço em volta da cintura dele.

— Por que você está conversando com a novata, Austin? — Sofia pergunta, me medindo de cima a baixo.

— Não é nada demais, Sofi! — Ele diz, abraçando Sofia e sai andando com ela ignorando minha presença completamente.

Sigo pelo corredor e quando encontro com Iza, que vem animada em minha direção correndo.

— Que história é essa que você veio para a escola com Austin e o gato do diretor Adam?

— Sério que todo mundo já está sabendo? Eu pergunto me assustando com a forma rápida que as coisas circulam por aqui.

— Lógico, eles são tipo a elite da sociedade nessa escola. Ela fala dizendo de forma exuberante enquanto seguimos para a aula, durante o caminho, contei a ela que, infelizmente, teria que morar com a família Fox. Não contei a parte em que fui dada como pagamento de uma dívida, e sim que meus pais morreram em um acidente de carro e que os Fox foram designados a cuidar de mim.

Iza ficou imensamente feliz porque não tinha família melhor para cuidar de mim de acordo com ela. o sobrenome Fox abriria muitas portas para mim. Mal sabia ela que seriam abertas as portas da prisão em que eu vivia.

Entro para o vestiário feminino e caminho em direção ao meu armário pegando minhas roupas. Visto minha meia-calça rosa junto com meu colan e minha saia de amarrar na cintura. Como não sabia como seria meu primeiro ensaio, visto sapatilhas sem pontas, faço um rabo de cavalo alto e me preparo para ir à sala quando a professora de dança me chama.

— Lilly, você está sendo chamada na diretoria.

— Eu? Mas por quê? — Pergunto, confusa.

— E eu é que sei, garota! Vai logo para não perder o ensaio. — Saio correndo do vestiário e indo em direção à diretoria até que me deparo com Austin e seus amigos do time de hóquei indo em direção à quadra de gelo.

Tento andar o mais rápido possível e ignorar a presença de todos, mas os assobios chegam aos meus ouvidos quando alguém impede minha passagem.

— Oi, gatinha, vai a algum lugar? — Um dos amigos de Austin pergunta, parado em frente.

— Sim. Na diretoria, se me der licença. — Digo, tentando me desviar do caminho, mas ele entra na minha frente novamente.

— Deixa ela em paz, Josh, vamos nos atrasar para o treino — ouço a voz de Austin atrás de mim.

— Qual é, cara? Você tem namorada, vai atrás dela. Não é sempre que vemos uma bailarina tão linda assim nos corredores.

— Porra, Josh! Será que eu tenho que lembrar quem manda aqui? — Austin grita e seus amigos permanecem em silêncio.

Josh sai da minha frente e abre caminho para eu passar. Ando rapidamente em direção à diretoria.

— Que fofo! Seu colã! Também adorava fazer balé na sua idade. — Meus olhos se encontram com os de Daffine e sinto que ela me analisa de cima a baixo quando Adam pede para eu entrar.

Quando entro na sala, sua atenção está focada na tela à sua frente.

— Mandou me chamar?

Ele desvia seu olhar e deixa seus olhos vagarem pelo meu corpo rapidamente. O jeito que ele me olha me faz sentir totalmente exposta, e envergonhada em sua frente.

— Sim. Depois do ensaio de balé, vá para a quadra de gelo. Você vai embora junto com Austin hoje.

— O que? Não. Eu vou embora a pé ou de ônibus, não vou com ele. Eu respondo tentando implorar para que não vá junto com Austin.

— Eu não estou perguntando se você quer, eu estou mandando, Lilly. — Adam se levanta de sua cadeira e caminha em minha direção, ficando a poucos centímetros de mim.

— Até onde eu saiba, você pertence à minha família, então todos nós temos direito sobre você. Suas palavras param em minha mente. Adam está tão perto que posso sentir sua respiração; nossos olhos estão conectados e a forma como me olha era como se enxergasse minha alma.

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