ANALU
Com muito custo consigo dormir novamente, mas assim que o primeiro raio de Sol passa pela brecha da janela, abro meus olhos. Não faço idéia de que horas são, a única certeza que tenho é que preciso ir embora o mais rápido possível.
Me levanto, faço minha higiene pessoal, visto minha calça jeans, uma blusa básica de manga preta, junto minhas coisas e saio do quarto como se eu estivesse cometido um crime. E o frio na barriga me consome. Mas assim que piso na sala o senhor Otávio me aborda.
— Bom dia muleca... — ele sempre bem humorado
— Bom dia senhor Otávio. — dou um abraço nele que retribui carinhosamente
"Ele me trás paz, gosto demais da presença dele."
— O senhor Fizterra disse que assim que acordasse fosse ao escritório dele.
— Obrigada! — digo sem muito ânimo
Com passos lentos caminho até seu escritório, dou duas batidas na porta que está fechada.
— Entre! — ele ordena com a voz de sempre
Entro e deixo a porta meia aberta para dar tempo de fugir, caso seja necessário.
— B