— Como assim? Você vai viver aqui do lado. — Falei, achando graça da ideia.
Mas Kai não sorriu.
Ele continuava parado, encarando o berço de um jeito estranho. Suas mãos tocaram o colchão, depois os travesseiros, como se testasse a firmeza. Algo na expressão dele me deixou preocupada.
— Ei... você está bem? — perguntei, me aproximando.
Então, de repente, ele soltou:
— Eu não quero ninguém criando a minha filha, Cassidy.
Franzi o cenho, confusa.
— O quê? Do que você está falando?
Kai segurou meu braço, firme, mas sem agressividade. Me olhou nos olhos, e o que vi ali foi uma mistura de medo e determinação.
— Eu não quero que ninguém, além de mim, crie a minha filha. Porque... porque...
— Por quê, Kai? — insisti, mais suave dessa vez.
Ele respirou fundo, como se lutasse contra as palavras antes de soltá-las.
— Porque é perigoso. Você nunca sabe do que as pessoas são capazes. Eu... eu não confio no Peter.
Isso me pegou de surpresa.
— Por que você tá falando do