Loira e linda

Às 10h25, o carro de Franzino para de frente onde seria a 

residência de Mayara, os dois descem do veículo e caminham 

ao portão lateral que era próprio para pedestres. Ela morava na 

mesma casa, mas, agora, havia muros e portões grandes impos-

sibilitando vê-la da rua.

O detetive toca o interfone.

— Pois não!

— Meu nome é Franzino, sou amigo de infância de Mayara, 

gostaria de falar com ela. Por acaso está?

— Franzino? Houve um silêncio, depois continuou. Ah! 

Sim há quanto tempo não te vejo, espere! Já vou indo. O baru-

lho de desligar e em pouco tempo abre o portão.

Vou pular a parte de saudações e conversas que não vêm ao 

caso e transportá-los para a sala, os três sentados no sofá onde 

o assunto mais importa.

Mas vou dizer que Franzino nunca foi amigo de Mayara, 

os dois só se conheciam porque ambos eram populares, mas 

nunca se falaram, mesmo porque o rapaz só tinha olhos para 
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